Volkswagen planeja fechar fábricas devido a vendas fracas

A Volkswagen vem fracassando no mercado de carros elétricos há algum tempo. Acumulando prejuízos em decorrência de repetidos resultados negativos neste segmento, a multinacional precisa urgentemente cortar custos. E uma das medidas de contenção de despesas previstas pela Volkswagen é o fechamento de fábricas.

A primeira da lista é uma unidade industrial localizada em Bruxelas, na Bélgica. Daí surge o Q8 e-tron, da Audi, marca que faz parte do grupo Volkswagen: as vendas desse modelo são tão insignificantes que a empresa deve fechar a fábrica e simplesmente encerrar a produção.

A empresa informou que abriu um “processo de informação e consulta” na fábrica. O comunicado diz ainda que o resultado “poderá levar ao encerramento das operações, caso não seja encontrada outra alternativa”. Atualmente, cerca de 3.000 funcionários trabalham na fábrica de Bruxelas.

Por sua vez, a imprensa europeia considera o encerramento certo. Alguns meios de comunicação, como o alemão Berliner Zeitung, afirmam que os prejuízos causados ​​pela gama de carros elétricos da Volkswagen são tão elevados que podem provocar não só o encerramento de fábricas, mas de toda a empresa. Portanto, iniciativas precisam ser tomadas prontamente.

Outra fábrica que parece estar em risco de fechar é a de Zwickau, na Alemanha, que produz os modelos Volkswagen ID.3. ID.4, ID.5 e Audi Q4 e-tron. Essa unidade industrial apresenta alto índice de ociosidade e opera com apenas dois terços da capacidade máxima.

Recentemente, a multinacional anunciou cortes de 1.200 empregos na fábrica de Zwickau. E, durante várias semanas, a produção nas unidades industriais de Emden e Dresden, também localizadas na Alemanha, ficou paralisada.

Fechamento de fábrica segue falha de carros elétricos da Volkswagen

O encerramento de fábricas é consequência direta dos péssimos resultados comerciais que os carros elétricos da Volkswagen têm alcançado. Modelos como o ID.3 e o ID.4 apresentam vendas fracas em praticamente todos os mercados em que estão presentes. Uma das razões são os preços elevados, mesmo para os padrões dos consumidores europeus.