Um dos criminosos que invadiu a casa de um homem de 77 anos encontrado morto há duas semanas no Jardim Europa, na zona oeste de São Paulo, teria passado a manhã inteira no telhado da residência da vítima apenas esperando para ” atacar”, segundo investigação da Polícia Civil.
O empresário Carlos Alberto Felice foi encontrado morto, amarrado pelos pés e pelas mãos, em sua garagem, no último dia 16. O imóvel foi encontrado saqueado e o carro dele fora da garagem. Não havia sinais de arrombamento do portão.
O principal suspeito, que está foragido, é o auxiliar de construção Jordan Magalhães Nogueira, de 20 anos, que trabalhava na construção de uma casa na mesma região. Ó Estadão ele não conseguiu localizar sua defesa.
Ainda não está claro se a casa da vítima foi invadida por um único criminoso, mas a hipótese é que mais pessoas tenham participado, pelo menos apoiando a invasão.
Nesta quarta-feira, 24, a Polícia Civil prendeu outro suspeito de participação no crime, este de 26 anos – ele também trabalhava em uma obra próxima à casa da vítima. No mesmo dia, mas antes, também localizou o carro roubado do idoso em Capão Redondo, Zona Sul.
“Ao analisar imagens da região, percebemos que um dos indivíduos saiu de um prédio vizinho, passou pelos telhados e entrou na casa da vítima”, conta ao jornal. Estadão delegado Rogério Barbosa Thomaz, chefe da 1ª Delegacia de Patrimônio (Investigações de Roubos e Furtos) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
A hipótese da Polícia Civil é que o invasor subiu no telhado no dia 11 e passou ali toda a manhã do dia 12 – foi nesta data que a casa foi invadida, embora o corpo só tenha sido encontrado dias depois. Mais perto da manhã, o criminoso teria finalmente descido e ficado no quintal da casa, apenas esperando uma oportunidade para se aproximar do idoso.
“Pela imagem do telhado, acreditamos que tenha sido apenas uma pessoa”, afirma o delegado. Ainda assim, ele não descarta a possibilidade de mais criminosos terem entrado na casa pulando um dos muros ou de o acesso ter sido concedido posteriormente, por exemplo.
Segundo a polícia, pessoas próximas à vítima relataram que Felice tinha o hábito de caminhar em uma praça próxima à sua casa no início da manhã, por volta das 9h. “Acreditamos que, nesse momento que ele vai passear, ele seja levado embora”, diz Thomaz. A hipótese de que Felice teria sido abordado logo pela manhã foi descartada, pois ele teria falado ao telefone com outra pessoa logo pela manhã.
Com pouca força para reagir, o idoso foi amarrado pelos pés e mãos com um fio elétrico. Os criminosos então saquearam a casa da vítima e levaram o carro que estava na garagem, um Hyundai. Felice foi encontrada morta dias depois com ferimentos na cabeça. “Achamos que cometeram o roubo com medo de serem reconhecidos, já que o trabalho era muito próximo”, afirma o delegado.
Como a polícia chegou aos suspeitos?
A partir do vídeo da entrada do suspeito no canteiro, a Polícia Civil descobriu que o telefone de um dos ajudantes permaneceu no perímetro da obra durante toda a noite e até a manhã seguinte. “Aí, essa linha vai embora e vai para a mesma região para onde vai o telefone da vítima”, diz Thomaz.
Trata-se do Capão Redondo, onde mora o primeiro suspeito envolvido no caso, que foi preso pela polícia esta semana: seu nome é Rafael Procópio da Conceição, 26 anos. O auxiliar de construção foi preso no canteiro onde trabalhava. Segundo a polícia, ele negou participação no crime. A reportagem não conseguiu localizar sua defesa.
O outro suspeito, Jordan Magalhães Nogueira, de 20 anos, apareceu na mira da polícia após localizar o carro. Em análise técnica realizada no âmbito da investigação, suas impressões digitais foram encontradas no veículo. Além disso, suas características físicas também correspondiam às do homem observado no telhado.
Os policiais realizaram então diligências na casa onde ele morava e, embora não tenham encontrado o suspeito no local, localizaram os pertences da vítima, o que reforçou a teoria de que ele teria papel central no crime. A propriedade também fica em Capão Redondo.
“No quintal da casa encontramos o documento do veículo rasgado e queimado”, conta o delegado. Dentro da residência também foram encontrados a chave do carro de Felice, R$ 2.300 em dinheiro e a nota fiscal de um dos móveis adquiridos recentemente pela vítima.
Nesta quinta-feira, 25, a polícia realizou novas diligências na casa de Jordan e localizou, próximo à sua casa, a placa do veículo da vítima queimada (o carro foi encontrado com a placa alterada) e roupas jogadas no mato. O suspeito ainda não foi localizado, mas as buscas policiais continuam.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com