A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta segunda-feira (29/7), uma pesquisa que revela os principais desafios enfrentados pelos empresários do setor da construção civil. Segundo dados do segundo trimestre de 2023, da Sondagem da Indústria da Construção, a falta ou o alto custo de mão de obra não qualificada foi lembrado como o segundo maior problema do segmento, pelos próprios empresários.
Na última análise, realizada no primeiro trimestre do ano, o mesmo problema foi lembrado por 14,9% dos empresários. Três meses depois, 24,7% dos participantes da pesquisa afirmaram que a mão de obra não qualificada era um dos principais desafios do setor. A elevada carga tributária ainda é a mais lembrada, citada por 28,3%.
“É possível perceber que os jovens não têm se sentido muito atraídos em ingressar nesta profissão. Então, a idade média dos empregados da construção civil é maior e isso vem ocorrendo concomitantemente com a falta de entrada de novas pessoas, principalmente jovens”, avalia a economista Paula Verlangeiro, da CNI. Em seguida, o top 5 é completado por altas taxas de juros (24,0%) e excesso de burocracia (20,1%).
Atividade estável
Em junho, o índice de nível de atividade industrial aumentou apenas 2 pontos, passando de 47,9 pontos para 49,9 pontos, próximo ao limite que indica estabilidade no nível de emprego no setor. “(Isso) não é comum no período. Normalmente, para este período do ano, a atividade apresenta uma queda, e neste período ficou inalterada, portanto manteve-se estável”, analisa Verlangeiro.
Também em junho, a confiança dos empresários industriais caiu 1,1 ponto. O principal fator para a queda foi a percepção do setor sobre as condições atuais da economia brasileira. Neste mês, o indicador caiu 2,3 pontos, passando de 47,8 para 45,5 pontos, ou seja, abaixo da linha de confiança (50 pontos)
“Isso acontece pela avaliação que os empresários têm das condições atuais, tanto para a empresa quanto para a economia brasileira. Porém, as perspectivas para os próximos seis meses continuam favoráveis, os empresários continuam otimistas com todos os indicadores”, destaca o economista.
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