A eleição na Venezuela, que opôs o atual presidente Nicolás Maduro e Edmundo González, viu o atual presidente ser proclamado nesta segunda-feira (29/7) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) como vencedor com 51,2% contra 44%. O resultado foi alvo de comentários entre os deputados brasileiros, que estão em pleno recesso parlamentar.
A deputada federal e candidata a prefeita de São Paulo, Tabata Amaral (PSB) recorreu às redes sociais para reclamar do processo eleitoral no país vizinho.
“O que está acontecendo na Venezuela tem nome: fraude eleitoral. Intimidação de opositores, manobras para dificultar a votação, observadores internacionais impedidos de agir e governo declarando vitória sem publicar os boletins de voto. Há todos os motivos para acreditar que o resultado não corresponde ao que o povo venezuelano expressou nas urnas”, afirmou o parlamentar.
Amaral foi criticado pelo colega deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ), por não ter se posicionado sobre outros acontecimentos internacionais, como a Palestina, nas eleições bolivianas de 2019 e sobre a política argentina.
“Deputado, como o senhor está tratando de questões internacionais, eu gostaria muito de saber: por que o senhor não tem a mesma força para defender o povo palestino? E quando houve um golpe na Bolívia em 2019, a sua posição foi a mesma da OEA? E os presos políticos na Argentina?” escreveu o político carioca.
Deputados de Bolsonaro recorreram às redes sociais para criticar as eleições venezuelanas e acusar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de apoiar o conturbado processo eleitoral do país.
No entanto, até agora o Brasil ainda não reconheceu a suposta vitória de Maduro. A única manifestação no país foi feita pelo Ministério das Relações Exteriores, que reconheceu que a eleição ocorreu de forma pacífica, mas acompanhou de perto a contagem dos votos.
Vários países latino-americanos questionam o resultado, como Colômbia, Chile, Guatemala, Peru, Espanha, Reino Unido, Argentina, Estados Unidos, Uruguai, Costa Rica, Itália, entre outros.
Aqueles que felicitaram Maduro pela sua vitória foram apenas Rússia, Honduras, Bolívia, China, Nicarágua e Cuba.
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