Funcionários de 11 agências reguladoras federais entrarão em greve a partir desta quarta-feira (31/7). A greve está prevista para durar 48 horas. Mesmo assim, diversos serviços serão afetados no período, como energia, água, saneamento, planos de saúde e até operações em aeroportos no Brasil.
Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Reguladoras Nacionais (Sinagencias), que representa os empregados da categoria, a greve é uma “forma de conscientizar a população brasileira sobre a importância da regulamentação federal, além de pressionar o governo para a reestruturação das agências.”
“Esperamos receber uma proposta que garanta a valorização da regulamentação federal como um todo, abrangendo todos os servidores da categoria. Uma proposta que corrija as distorções em relação a outras categorias de servidores que possuem salários mais atrativos para exercer funções similares”, afirma o sindicato.
Confira quais serviços serão afetados nos dias 31 de julho e 1º de agosto:
1. Setor Elétrico (ANEEL)
- Interrupção de energia: atrasos na fiscalização e regulação podem levar a falhas na qualidade do fornecimento de energia, resultando em apagões ou cortes de energia frequentes.
- Compensações Financeiras e Arrecadações Setoriais: Problemas na distribuição de recursos podem afetar estados e municípios.
- Reajuste e Revisão Tarifária: a paralisação pode impedir reajustes tarifários, impactando diretamente no custo da energia para consumidores e empresas.
2. Setor de Telecomunicações (ANATEL)
- Problemas de Internet e telefonia: o desligamento pode resultar em serviços telefônicos e de internet de baixa qualidade, com lentidão, quedas de conexão e problemas de cobertura.
- Atrasos na aprovação de equipamentos: Dispositivos de novas tecnologias, como smartphones e modems, podem não ser aprovados, impedindo os consumidores de aceder a tecnologias mais recentes.
- Coleção Setorial: Os problemas de arrecadação afetam as receitas e o financiamento das atividades regulatórias.
3. Setor Minerário (ANM)
- Distribuição de Royalties (CFEM): atrasos na distribuição de royalties afetam a arrecadação de municípios e estados.
- Inspeção de Barragens: A falta de fiscalização pode comprometer a segurança das barragens e aumentar os riscos ambientais e de acidentes.
- Exportação de minério: atrasos nos processos regulatórios podem impactar o comércio mineral estrangeiro.
4. Setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP)
- Interrupção de fornecimento: Problemas na certificação e fiscalização podem levar à escassez de combustível, impactando diretamente o transporte pessoal e comercial.
- Processos de concessão e autorização: Atrasos podem afetar a entrada em operação de novos projetos e a distribuição de combustíveis.
- Distribuição de royalties: problemas na distribuição de royalties afetam a receita dos estados e municípios.
5. Setor de Transportes Terrestres (ANTT)
- Atrasos e cancelamentos de viagens: A falta de fiscalização pode resultar em problemas na operação do transporte rodoviário e ferroviário, gerando atrasos e cancelamentos de viagens, o que afeta a rotina de milhares de passageiros.
- Inspeção de Transporte Rodoviário: A falta de supervisão pode aumentar os riscos de segurança e os problemas com o transporte de cargas perigosas.
- Processos de concessão: As interrupções podem atrasar a concessão e operação de rodovias e ferrovias.
6. Setor de Saúde Suplementar (ANS)
- Problemas com Planos de Saúde: Atrasos podem levar à piora dos serviços do plano de saúde, como dificuldades na cobertura de procedimentos médicos e aumentos inesperados nas mensalidades.
- Atualização da Lista de Procedimentos: As interrupções de atualização podem afetar a cobertura dos procedimentos de saúde.
- Mediação e Supervisão de Conflitos: a falta de mediação pode aumentar os conflitos entre consumidores e operadores.
7. Setor de Transporte Aquaviário (Antaq)
- Concessões Hidroviárias: Atrasos nas concessões afetam a operação e expansão do transporte aquaviário.
- Problemas em Portos e Navegação: A falta de regulamentação pode afectar a eficiência dos serviços portuários e a segurança das operações de transporte marítimo, resultando em atrasos na entrega de bens e produtos essenciais.
- Autorização de Embarcações e Companhias de Navegação: Problemas de autorização impactam a operação e a segurança das embarcações.
8. Setor Saúde/Vigilância Sanitária (Anvisa)
- Falta de produtos seguros: atrasos na aprovação e fiscalização de medicamentos e alimentos podem resultar na presença de produtos inseguros no mercado, impactando a saúde e a segurança da população.
- Problemas na fiscalização das fronteiras: Sem fiscalização adequada, produtos importados que não atendam aos padrões de segurança podem entrar no país, afetando a saúde pública.
- Registro e Controle de Produtos: atrasos no registro de medicamentos e alimentos afetam o mercado e a saúde pública.
9. Setor de Água e Saneamento Básico (ANA)
- Problemas com abastecimento de água: A falta de gestão e supervisão pode afectar o abastecimento de água potável, resultando em crises de abastecimento e problemas de qualidade da água.
- Gestão da Rede Hidrometeorológica: a falta de gestão pode afetar a previsão de eventos hidrológicos e a gestão dos recursos hídricos.
- Transferência de recursos: interrupções na transferência de recursos para estados e comitês podem afetar projetos de saneamento e recursos hídricos.
10. Setor Audiovisual (Ancine)
- Liberação de Recursos Incentivados: atrasos na liberação de recursos podem impactar a produção e distribuição de projetos audiovisuais.
- Coleção Condecine: Os problemas de receitas afectam o financiamento do sector audiovisual.
11. Setor de Aviação Civil (Anac)
- Inspeções e Certificações: atrasos nas inspeções e certificações podem comprometer a segurança operacional e a eficiência dos serviços de aviação.
- Processos de registro: atrasos no registo de aeronaves e operadores afectam as operações do sector.
- Problemas com Operadores Aéreos: Sem a devida regulamentação, as companhias aéreas poderão enfrentar problemas com a manutenção e operação dos serviços, afetando a pontualidade e a qualidade das viagens.
(Fonte: Sinagências)
Em greve
O objetivo da greve é exigir aumento salarial para a categoria, com reestruturação de carreira de técnicos e especialistas em regulação. Nesta segunda-feira, os empregados receberam uma nova proposta do governo federal, que prevê aumento de 14,4% para os empregados que aderiram antes da criação das agências e de 23% para os que ingressaram por concurso.
A proposta será debatida nesta quarta-feira, em reunião, por funcionários do órgão. Apesar disso, fontes ouvidas pelo Correspondência acredito que a chance de haver um acordo entre os servidores é muito baixa. O Sinagencias, que representa a categoria, emitiu nota na qual avalia que a proposta ficou “abaixo do esperado” e que a mobilização deve continuar.
Os funcionários das agências exigem a adoção de um nível salarial que corresponda a 75% da remuneração dos cargos de nível superior nas agências. A categoria também pede a reestruturação de carreiras, com mudança na nomenclatura dos cargos para Auditor Federal em Regulação e Agente Federal em Regulação.
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