O aumento das preocupações globais com a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos fez com que o mercado iniciasse a semana em crise, derrubando as bolsas de todo o mundo e com o dólar em alta. A forte posição de aversão ao risco, que deve continuar pelos próximos dias, fez com que a moeda norte-americana registrasse alta de 0,56%, cotada a R$ 5,74, renovando o maior nível desde dezembro de 2021.
Na máxima do dia, ontem, o dólar chegou a R$ 5,86. Os investidores de todo o mundo operaram sob pressão devido aos receios de uma desaceleração da maior economia mundial, o que levou também à desvalorização de outras moedas de países emergentes, como o México, onde o dólar estava cotado a 19,36 pesos.
O relatório da folha de pagamento dos EUA mais fraco do que o esperado alimentou receios de que o ciclo de aperto monetário da Reserva Federal (Fed) afectaria a actividade económica no país mais do que o esperado. A piora do mercado de trabalho, com o menor número de pessoas contratadas em quase três anos, é vista como um freio à maior economia do mundo.
Reflexões no Brasil
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), conseguiu se separar das demais bolsas, encerrando com queda de 0,46%, aos 125.270 pontos. O indicador reduziu as perdas sustentado pela alta do Bradesco, após o balanço do segundo trimestre mostrar lucro líquido acima do esperado.
Ao contrário do cenário interno ligeiramente mais ameno, os mercados bolsistas asiáticos enfrentaram uma queda histórica. No Japão, o pregão foi considerado o pior em mais de 30 anos. O índice Nikkei, na maior bolsa de Tóquio, despencou mais de 12%. Os mercados bolsistas europeus também fecharam acentuadamente, prolongando a reacção aos receios crescentes sobre a perda de dinamismo nos Estados Unidos.
Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 2,04%. A DAX, bolsa alemã, fechou com queda de 1,82%, enquanto o índice CAC 40, de Paris, fechou com queda de 1,42%. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones caiu 2,60%, enquanto o S&P 500 caiu 3%.
Segundo o economista Daniel Teles, da Valor Investimentos, no caso do Japão, o movimento da bolsa também está ligado à recente valorização do iene japonês. “As taxas de juros no Japão eram zero, então o Banco Central Japonês elevou os juros. Isso fez com que acontecesse a valorização da moeda japonesa e, como a taxa de juros estava tão baixa, muitas operadoras financiaram lá para comprar ações de outros países. do iene também fez o mercado de ações derreter”, avaliou.
A preocupação com a recessão levou muitos investidores a buscarem segurança, principalmente nos títulos americanos. “Muita gente está migrando para títulos seguros, o que fez o preço do Tesouro nos Estados Unidos disparar. E, quando um título público sobe, a taxa contratada cai, justamente para acompanhar esse momento mais conservador do mercado. acaba impactando o fluxo ao redor do mundo, com um movimento global de aversão ao risco e busca por segurança”, observou.
Segundo Teles, a volatilidade deve continuar nos próximos dias. “É difícil estimar as probabilidades de ocorrência de uma recessão. Mas com os dados, principalmente sobre o desemprego e a desaceleração económica, alguns analistas projectam uma probabilidade de 10% a 20%”, acrescentou.
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