Uma fratura de fêmur, infecção e pneumonia fragilizaram o estado de saúde da atriz, cantora e produtora Mallú Moraes, que sofreu de sepse, na manhã desta quarta-feira (8/8), após 14 dias de internação. Atuando profissionalmente em Brasília desde a década de 1970, Mallú foi confirmada como portadora de Alzheimer em 2019. Ela tinha 78 anos. “Sempre estive perto, foi um processo de aprendizado e árduo. Fiquei colado na realidade dela, às vezes sem que ela me reconhecesse, mas na maioria das vezes estive presente e atento a tudo”, disse o filho de Mallú, Bruno Fatumbi Torres, Ele também é artista, vocação herdada do pai, o diretor de cinema Geraldo Moraes, falecido há sete anos.
Em sua carreira, Mallú teve muitas obras dentro da família, também ao lado do filho, o compositor e diretor André Moraes (de Entrando em um assalto, 2015). Ex-professora da Universidade de Brasília, Mallú deixou ensinamentos não só para o filho Bruno — “fica o legado de uma carga de energia monumental. Em mim permanece o respeito pela ancestralidade. A questão do cordão umbilical é algo bastante forte”, apontou —, mas os aprendizados foram repassados para quem a conheceu de perto, como a atriz e diretora Cibele Amaral. Junto com Cibele, Mallú realizou os curtas Enciclopédia do incomum e do irracional (2007), no qual foi premiada como atriz no Curta Canoa (Ceará), e também no Angélica acorrentada (2012), direção de Anna Karina de Carvalho.
“Mallú adorava organizar saraus, no Lago Norte, e recebia muita gente, sempre como anfitriã e cantora também, que foi sua primeira profissão. Ela informou e ensinou as novas gerações do cinema. Mallú sempre assumiu lutas e abriu frentes no esfera política também”, comentou Cibele, que a dirigiu no longa-metragem Por que você não chora? (2021). “Conheci Mallú a todo vapor, muito atuante, sempre como produtora de cinema e atuando em filmes. Ela abraçou os projetos desde o início, e acompanhou a distribuição dos filmes. festivais”, completou.
Antes de produzir filmes de seu filho Bruno Fatumbi Torres, incluindo os curtas O último raio de sol (2004) e A noite como testemunha (2009), além do longa-metragem Esperando por Liz (2022), Mallú teve uma carreira intensa ao lado do ex-marido Geraldo Moares, de quem se separou em 2009. A jornada difícil (1983), O círculo de fogo (1990), No coração dos deuses (1999) e O homem mau dorme bem (2009) fazem parte deste caminho em comunhão. Os pontos altos de sua carreira vieram com a projeção de Césio 137 — O pesadelo de Goiânia (1990), assinado por Roberto Pires; o longo Senhoras (2010), de Adriana Vasconcelos, e o curta doce de goiaba (2004), assinado por Fernanda Rocha. Ainda sem detalhes precisos, a família informa que o sepultamento deverá ocorrer na sexta-feira, 8/9.
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