Aos 20 anos, Felipe Máximo, conhecido nas redes sociais como Felipe Adam, já teve diversas profissões, antes de se tornar frentista em Diadema (SP). Ele ganhou notoriedade em 2018 quando anunciou que se tornaria o Ken Humanouma versão em carne e osso do namorado da boneca Barbie. No entanto, ele desistiu de seu sonho por necessidade.
Morador de Peruíbe, litoral de São Paulo, Felipe planejava passar por 42 cirurgia plástica para se parecer com Ken. Mas ele nunca conseguiu fazer isso: sua transformação foi feita inteiramente com maquiagem. Em um relatório do portal g1Felipe contou que acordou de madrugada para se transformar em Ken Humano, demorando quatro horas para se preparar para a escola ou caminhar pela rua.
Ele, que já foi jardineiro, faxineiro e ajudante de cozinheiro, usou o dinheiro que recebeu para comprar maquiagens, roupas e sapatos parecidos com os do personagem. Em 2021, deixou Ken de lado porque, por conta da pandemia, perdeu os empregos informais e enfrentou dificuldades financeiras.
Em 2022, começou a trabalhar como ajudante de pedreiro junto com o tio e o padrasto. Felipe, na época, disse que gostava de trabalhar na construção, mas a experiência durou apenas dois meses: ele foi demitido após revelar que é bissexual. “Trabalhei com eles, mas depois de falar abertamente sobre minha orientação sexual e, principalmente porque não me dava bem com o companheiro de trabalho dele, [do tio]que é marido da minha mãe, os dois resolveram me mandar embora”, contou na época ao G1.
Reconstrução
Em 2024, o jovem de 20 anos mudou-se para Diadema, onde trabalhou como auxiliar de cozinha e hoje é frentista. Mas não foi um caminho fácil. Acabou dormindo em uma praça porque não tinha onde morar. Foi então que surgiu uma nova oportunidade. As roupas extravagantes e os cabelos loiros saíram de cena, e hoje ele tem cabelos pretos, usa cavanhaque e uniforme de trabalho.
Mas isso não significa que ele deixou a maquiagem de lado. Em seu perfil nas redes sociais, Felipe mostra suas ‘montagens’ artísticas e looks casuais, além de explorar a moda.
Quando começou no posto de gasolina, Felipe não contou aos colegas sobre seu passado como Ken Humano, por medo de sofrer preconceito mais uma vez. Mas agora ele teve uma experiência diferente: seus colegas de trabalho não mudaram o tratamento após a revelação.
“Como conheceram o Felipe e só depois descobriram o que vivi no passado, o tratamento continuou da mesma forma. O carinho aumentou e, dessa vez, não houve diferença”, disse ele em entrevista ao portal g1.
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