Um produto nem sempre acerta na primeira vez. Em diversos segmentos, a indústria precisa fazer mudanças para aumentar a aceitação do público. Mas a questão é que este tipo de ação não pode ser adiada: quando as melhorias demoram muito, geralmente é impossível mudar de rumo. E isto aplica-se, em particular, ao segmento automóvel. Afinal, não faltam exemplos de carros que se tornaram um fracasso devido à letargia dos fabricantes em melhorá-los.
Falhou, esses carros demoraram muito para evoluir
A lista de hoje é sobre esses modelos: A VRUM listou 5 veículos que saíram do mercado porque demoraram muito para atender aos desejos dos consumidores. Deve-se notar que nenhum deles foi ruim do ponto de vista técnico; eles estavam simplesmente fora de sintonia com as tendências do mercado. Confira os carros que falharam!
1-Peugeot 2008
Sejamos claros: o texto não se refere ao recém-lançado segunda geração do Peugeot 2008. O modelo em questão é da primeira safra, que durou de 2015 até recentemente. Chegou ao mercado desafinado com os desejos dos consumidores, pois os pacotes mecânicos incluíam motor 1.6 aspirado com câmbio automático de quatro marchas, nas versões de entrada, ou 1.6 turbo com câmbio manual na parte superior. a linha.
Não demorou tanto para a Peugeot substituir o câmbio automático de quatro marchas por um de seis marchas, como isso aconteceu em 2017. Porém, o motor turbo só ganhou esse tipo de transmissão em 2019, nada menos que quatro anos depois do lançar. Entretanto, uma série de novos concorrentes entraram no segmento dos SUV compactos. Agora, a nova geração tenta reconstruir a imagem de fracassos que estes carros deixaram e tem boas credenciais para isso: veja o vídeo!
2-Renault Captur
O Renault Captura chegou ao Brasil em 2017 com uma proposta, pelo menos em teoria, de maior sofisticação que o Duster. O problema é que, na prática, os dois modelos só se diferenciavam no design e no preço: plataforma e motor eram iguais, enquanto o padrão de acabamento estava no mesmo nível. Não é nenhuma surpresa, então, que o modelo mais novo tenha sido ofuscado pelo mais antigo.
Somente em 2021 a Renault revisou os pontos fracos. Naquele ano, o Captur passou por uma reestilização e finalmente ganhou motor 1.3 turbo de 170 cv. O interior não mudou radicalmente, mas ganhou mais detalhes. O problema é que já era tarde: o SUV foi descontinuado no ano seguinte sem nunca decolar nas vendas. Portanto, apesar de suas qualidades, tornou-se um dos carros fracassados.
3-Volkswagen Jetta
Nenhuma das três gerações de Jetta que a Volkswagen vendeu no Brasil foi um sucesso. Porém, o caso de mudanças excessivamente tardias ocorreu com a segunda linhagem, de 2011. Enquanto a versão Highline, topo de linha, exibia um conjunto mecânico primoroso, com motor 2.0 turbo de 200 cv, câmbio de dupla embreagem e suspensão traseira independente, o Comfortline básico tinha barra de torção e motor 2.0 de oito válvulas com 120 cv.
A Volkswagen demorou a fazer jus ao Jetta Comfortline com a concorrência. A suspensão independente, do tipo Multilink, até passou a equipar toda a gama em 2013, mas o antigo motor 2.0 aspirado só saiu de cena em 2016, sendo finalmente substituído por um 1.4 turbo. Assim, durante grande parte de sua trajetória, o sedã viveu uma espécie de paradoxo: foi excelente na versão mais cara, mas abaixo da média na versão de entrada.
4-Ford Del Rey
É verdade que Dey Rey teve dias de glória. O modelo impressionou ao chegar ao mercado em 1981, graças ao acabamento primoroso e aos equipamentos que eram novidade no país na época, como os vidros elétricos. No entanto, a hegemonia durou pouco: o lançamento de Chevrolet Monzaem 1982, e o Volkswagen Santanaem 1984, ambos alinhados com a indústria europeia, expuseram as limitações do sedã Ford, que, no final das contas, era apenas uma variação do Corcel II.
A maior desvantagem em relação aos novos rivais estava no desempenho. O Del Rey vinha com motor 1.6, enquanto o Monza e o Santana tinham unidades 1.8 e, posteriormente, 2.0. A resposta só veio em 1989, com a oferta de um motor 1.8 da Volkswagen, que havia feito parceria com a Ford na Autolatina. Mas já era tarde: o sedã foi descontinuado junto com a perua Belina em 1991.
5-Chevrolet Ipanema
As peruas ainda ocupavam lugar de destaque no mercado quando a Chevrolet lançou o Ipanema em 1989. O então novo modelo tinha design moderno, embora a traseira abruptamente cortada desagradasse alguns compradores. O maior problema, porém, foi outro: uma mudança nos gostos dos consumidores. Embora na década de 1980 os carros de duas portas fossem os queridinhos do mercado, uma rápida reviravolta fez com que os modelos de quatro portas caíssem nas graças do público na década seguinte.
Por uma infeliz coincidência, Ipanema chegou ao país pouco antes desse fenômeno de marketing. Com apenas duas portas, a perua logo se viu em desvantagem. A Chevrolet só reagiu em 1993, quando dotou o modelo de carroceria de quatro portas e motor 2.0. As mudanças não surtiram efeito e a produção foi encerrada em 1997. Em termos de vendas, a perua viveu situação oposta à do hatch Kadett, em que se baseou: ela, entre os carros falidos: ela, apesar sempre tendo tido apenas duas portas, um sucesso.
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