Criado a partir da vontade de levar a poesia às escolas, o livro Poesia, pessoal!, de Nicolas Behr, será apresentado aos alunos do Instituto Federal, da rede pública de ensino. Poesia, pessoal! reúne 96 poemas de Behr, em antologia escolar. As visitas serão a escolas de Ceilândia, Brazlândia, Sobradinho e São Sebastião. “Ler e escrever estão interligados. Se o escritor faz seu trabalho com prazer, provavelmente o leitor também lerá com prazer. Entrar no mundo imaginário do escritor é uma grande aventura”, reflete Behr.
“Anunciaram a utopia/mas foi Brasília/que apareceu”. Os poemas tratam de Brasília, desde o processo de construção até a crítica social à estrutura da capital. Nicolas Behr chegou a Brasília em 1974 e afirma que as inspirações para os poemas são longas e profundas: “Brasília é uma cidade moderna que inspira muito, porque permite diversas associações entre a modernidade e a antiguidade, entre o burocrático e o poder e a rebelião”.
“JK construiu Brasília/os candangos/estavam assistindo”. Embora Brasília seja uma fonte de inspiração, o autor não tem medo de criticar a estrutura política e econômica da cidade, mas afirma ser apaixonado pela capital. “Brasília é minha obsessão poética. Você sabe o que é paixão? Paixão é a mistura de amor e ódio, essa palavra ódio é um pouco forte, mas tenho uma paixão muito grande por Brasília. E acredito que Brasília, sendo uma proposta modernista e nós, sendo cobaias, temos que dar a nossa opinião sobre o que vai bem, o que não vai bem, as contradições de Brasília”. O autor incentiva o leitor a aumentar o pensamento crítico: “Tenho uma visão crítica, obviamente, e acho que essa visão crítica é boa. Ela leva ao aprimoramento de um modelo de convivência que foi proposto pelos idealizadores de Brasília, os arquitetos modernistas .”
“Três da manhã no eixão/não tem para onde ir/não tem para onde correr/gritar não adianta/morrer não adianta”. Nicolas Behr observa que são necessárias mais bibliotecas públicas para que a poesia possa chegar aos jovens. “A poesia já chega aos jovens, chega de uma forma ou de outra. Não precisa ser pela poesia escrita no papel, mas chega pelo rock, pela MPB, pelo rap e outras manifestações do hip-hop.”
Apesar de ser um livro de papel, a obra possui páginas com QR Code, que, ao ser escaneado, o leitor ouve o poema na voz da atriz Malu Mader. Poesia, pessoal! Está disponível no site oficial de Nicolas Behr: “o cerrado invade/sufoca a cidade/tira o cerrado/muda a paisagem/cimenta tudo/asfalta o céu”.
*Estagiário sob supervisão de Severino Francisco
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