Mais da metade dos estados brasileiros enfrentam o pior período de seca dos últimos 44 anos, segundo levantamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), realizado a pedido do governo G1.
Das 27 unidades da federação, 16 estados e o Distrito Federal enfrentam a pior seca desde a década de 1980. Desde maio, as cidades registram incêndios, rios expostos e mortes de animais por falta de água. Além do DF, confira os estados afetados:
O ciclo de chuvas no Brasil mudou com a chegada do El Niño, em junho do ano passado. Segundo boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), divulgado em junho, na região Norte, as áreas com seca aumentaram e a severidade da seca passou de fraca a extrema em algumas áreas, enquanto na região Sul, áreas com moderado a extremo desapareceu gradualmente.
No Nordeste, houve áreas com seca severa, que retrocederam a partir de março de 2024. De março a abril deste ano, o Monitor de Secas do Inmet indicou redução na severidade da seca em diversas áreas, como sudoeste do Amazonas, noroeste e norte de Mato Grosso. , interior do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Alagoas, e sul da Bahia.
Contudo, persiste a situação de seca extrema em áreas do interior do Amazonas e oeste de Mato Grosso, e de seca severa em Roraima, interior do Amazonas, sul de Rondônia, norte e sul de Mato Grosso e interior do Tocantins.
Segundo o Cemaden, o Brasil tem mais de 3,8 mil cidades em situação de seca.
DF já está há mais de 120 dias sem chuva
No Distrito Federal, o último registro de chuva ocorreu há mais de 120 dias. Na seca extrema, além dos incêndios florestais, tornam-se mais comuns doenças respiratórias como gripes, sinusites, rinites, resfriados e até pneumonias.
Os moradores de Brasília também têm enfrentado uma situação climática atípica para a região. Devido ao número de incêndios em todo o país, uma densa camada de fumaça cobriu o céu da capital pelo segundo dia consecutivo e tem gerado desconforto e preocupação com a qualidade do ar e os impactos à saúde.
A meteorologista Andréia Ramos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), destacou que para os próximos dias a previsão é que a temperatura em Brasília continue elevada, com máxima de 32°C, enquanto a umidade relativa do ar deve caem para cerca de 20% à tarde, mantendo as condições típicas de inverno seco e quente da região.
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