A ministra da Saúde, Nísia Trindade, comentou, nesta quarta-feira (28/8), sobre as expectativas para o cenário da dengue no próximo ano. Ela anunciou que as ações de prevenção serão anunciadas em setembro e farão parte do plano de combate às arboviroses em 2025. Segundo o chefe do departamento, os números da doença devem ser inferiores aos registrados em 2024 —que bateu recorde de casos .
“A dengue é um exemplo do impacto das mudanças climáticas. Hoje, no mundo, você tem dengue em todas as regiões. E nada sugere que possamos reverter facilmente esse quadro de surgimento da doença de forma mais ampla”, destacou o ministro. .
Só neste ano, o Brasil bateu recorde de 6,5 milhões de casos de dengue. A epidemia foi a maior já registrada no país. O Distrito Federal foi o local com maior incidência da doença (9.777/100 mil habitantes), seguido por Minas Gerais (8.254), Paraná (5.654), Santa Catarina (4.805) e São Paulo (4.728).
“Nas epidemias de dengue, um ano não se repete o outro. Quando você tem um número grande, uma explosão de casos como a que tivemos este ano, é possível ver uma redução nos anos seguintes. É provável que haja uma concentração maior em algumas regiões do que em outras porque se você olhar, este ano o Nordeste não teve o mesmo número de casos de dengue que teve no Sudeste, centro. -oeste e parte das regiões sul podem ocorrer dois fatores que explicam: a exposição prévia aos sorotipos que circularam e também a ação preventiva muito forte”, acrescentou Trindade.
Ainda segundo o chefe do departamento, um plano de combate à doença em 2025 já está em desenvolvimento e deverá ser lançado em setembro.
“Este ano temos um plano praticamente pronto, faltando alguns ajustes, mas estamos aguardando a definição de cenários. Temos alguns grupos, como o InfoDengue, que monitoram diariamente a dengue. variáveis para montar esse cenário. Uma delas é que os sorotipos estarão circulando, isso faz toda a diferença”, destacou Nísia.
A primeira fase do plano será controlar os vectores de transmissão do vírus e as tecnologias utilizadas para o fazer. Um deles é o método Wolbachia, que consiste em divulgar aedes aegypti junto com bactérias que impedem a reprodução dos mosquitos.
“Buscamos trabalhar primeiro com as formas clássicas de controle vetorial, que nos grandes centros são bastante difíceis. Depende das condições sanitárias, do saneamento, da lotação, do atendimento domiciliar… E falamos muito das áreas pobres das cidades, mas muitas as pessoas são descuidadas e saem de casas fechadas com piscinas, por exemplo, que são criadores. Não é um problema fácil”, destacou o responsável do departamento.
Vacinas
A ministra Nísia Trindade afirmou que as vacinas contra a dengue continuarão sendo aplicadas na faixa etária de 10 a 14 anos e há possibilidade de ampliar o número de municípios brasileiros beneficiados —atualmente, são 1.330 em 25 unidades da federação. Porém, a vacinação ainda não será em massa.
“A vacina é uma estratégia que continuaremos usando, mas não é a principal para 2025. Pode ser em 2026, dependendo do desenvolvimento da vacina do Butantan. E se conseguirmos aumentar a vacina Takeda, aumentaremos isso”, explicou Trindade.
Atualmente, o país utiliza a vacina Qdenga, produzida pela japonesa Taekeda, que possui duas doses. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) negociou a transferência de tecnologia para iniciar a fabricação da vacina no Brasil, mas afirma estar no limite de produção. Um novo centro de produção está sendo construído no campus Santa Cruz de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro.
Desde 2009, o Instituto Butantan desenvolve o Butantan-DV contra a dengue. A vacina ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas tem a vantagem de ser de dose única. A expectativa é que seja aprovado e comece a ser aprovado em larga escala em 2025.
“Vamos falar de vacinas, até porque temos doses disponíveis que não foram totalmente utilizadas. Vamos apresentar esses dados. E a questão da faixa etária temos mantido numa lógica de priorização como é a recomendação da Organização Mundial da Saúde ( OMS). Mas, podemos ampliar os municípios (que recebem a vacina)”, destacou o ministro.
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