A ministra da Saúde, Nísia Trindade, comentou o embate entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em conversa com jornalistas, durante o café da manhã, desta quarta-feira (28/8), a chefe do departamento disse que está ciente da situação da instituição, mas que é preciso estabelecer prioridades.
“Recebi todo o setor da indústria farmacêutica no ministério e há, de fato, uma preocupação muito grande com a Anvisa e uma exigência grande de agilidade. Essa é uma demanda de toda a indústria. Mas, apoiando também a agência”, disse o ministro.
Na última sexta-feira (23/8), o presidente Lula criticou o atraso nas aprovações da Anvisa durante evento da EMS em Hortolândia (SP). Na ocasião, o presidente disse que a Anvisa precisa “andar um pouco mais rápido para aprovar os pedidos que estão aí”.
Em resposta, Antônio Barra Torres, presidente do órgão, alertou que a demora no processo é consequência da falta de pessoal no órgão.
“O atual governo federal foi alertado que o número insuficiente de funcionários teria impacto direto no cumprimento da missão da Agência, desde o gabinete de transição, logo após as eleições de 2022, quando Diretores da Anvisa foram convidados a expor e detalhar essa falta de pessoal , e foram enviadas quatro cartas na época”, diz trecho da carta aberta do diretor.
O Ministério da Saúde chegou a publicar nota afirmando que reconhecia a importância da Anvisa e o cenário de sucateamento enfrentado nos últimos anos. O texto, assinado por Nísia, defendia a necessidade de reposição de quadro de funcionários da agência.
“O que foi dito lá (no evento de Hortolândia) é que a Anvisa foi criada como uma agência de fiscalização com um molde mais tradicional, sem que a questão da inovação tenha sido muito bem pensada. visão diferente. O que precisamos avançar é que houve um retrocesso na relação entre as agências e as políticas nacionais”, argumentou o Ministro da Saúde.
Para o chefe do departamento, falta priorização do que deve ser analisado. Segundo ela, até 2019 existiam contratos de gestão para definir as prioridades do governo em todas as esferas, inclusive nas agências reguladoras.
“Temos que separar autonomia técnica de priorização. Eu mesmo já escrevi documentos falando sobre a necessidade de produção de insulina no Brasil e pedindo para agilizar essa avaliação”, declarou. Segundo ela, as demais acusações sobre tentativa de “controlar” a Anvisa são inexistentes. Segundo ela, “ninguém quer” colocar em risco a eficácia dos produtos farmacêuticos.
Nísia comentou sobre a nomeação dos presidentes das agências reguladoras, que ocorrerá nos próximos meses.
“Já conversei tanto com o ministro Alexandre Padilha (de Relações Institucionais) quanto com o presidente Lula sobre a questão dos órgãos mais preocupados com a saúde, como a Anvisa, e esse processo será conduzido pelo presidente, mas a Saúde já está sendo ouvida”, ele disse. Os nomes também devem ser indicados ao Legislativo para aprovação.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
imagem de empréstimo
como conseguir crédito no picpay
picpay instalar
cred rápido
banco noverde
noverde whatsapp
siape consignação
bk bank telefone
apk picpay
consignado inss bancos
px significado