No dia 29 de agosto, o Brasil comemora o Dia da Visibilidade Lésbica, data que teve origem no 1º Seminário Nacional Lésbico (SENALE). Realizado em 1996, o encontro teve como tema “Visibilidade, Saúde e Organização”, que criou um espaço para debater temas como sexualidade, prevenção de HIV e IST, além de mercado de trabalho e cidadania para mulheres lésbicas.
O mês de agosto tem um significado especial para essas brasileiras e está associado ao protesto conhecido como “Stonewall Brasileiro” ou “Bar do Levante do Ferro”. Em 19 de agosto de 1983, ativistas do Grupo Feminista de Ação Lésbica (Galf) lideraram um protesto no Ferro’s Bar, na época localizado próximo à Avenida 9 de Julho, em São Paulo.
Este local serviu de ponto de encontro para a distribuição do folheto “Chanacomchana”, que abordava temas como saúde, segurança, experiências e até histórias e poemas sobre o amor entre mulheres.
O objetivo deste protesto era desafiar as injustiças e preconceitos que começavam a surgir contra as lésbicas naquele ambiente. Como forma de homenagear a ativista pioneira Rosely Roth, responsável por liderar o protesto, o Seminário Nacional Lésbico (SENALE) surgiu um dia após o sexto aniversário de sua morte, ocorrido em 28 de agosto.
Filmes e séries com casais de lésbicas
A mídia e o entretenimento são aliados para lançar luz sobre diversos temas sociais, incluindo todas as manifestações de amor. A presença de relacionamentos lésbicos na tela é essencial para proporcionar momentos de identificação, representação e entretenimento. A seguir, confira 7 filmes e séries com casais de lésbicas para assistir!
1. Tala e Leyla (não consigo pensar direito)
O casal formado por Tala (Lisa Ray) e Leyla (Sheetal Sheth) é uma representação significativa da diversidade amorosa e religiosa no filme “I Can’t Think Straight”. A primeira é uma mulher jordaniana-britânica que está prestes a se casar com um homem. No entanto, ela se sente presa às expectativas sociais e familiares. A segunda é uma jovem indiana muçulmana que também enfrenta conflitos internos devido à sua sexualidade.
Ao longo do filme, as jovens desenvolvem uma forte ligação emocional que evolui para um amor genuíno. A história aborda as complexidades de aceitar a própria identidade enquanto enfrenta as barreiras culturais, religiosas e familiares que muitas vezes acompanham a descoberta da orientação sexual.
Onde assistir: Vídeo principal.
2. Santana e Bretanha (Glee)
Protagonizada pela eterna Naya Rivera, a personagem Santana trouxe visibilidade popular ao processo de descoberta da sexualidade. Ainda em 2009, na série Glee, o casal protagonizou momentos emocionantes.
Inicialmente apresentadas como amigas íntimas e membros da equipe de líderes de torcida, a relação entre Santana e Brittany (Heather Morris) evolui ao longo da série. À medida que a história se desenrola, fica claro que eles têm um vínculo especial que vai além da amizade.
A série explora o desenvolvimento do relacionamento deles, abordando temas como autoaceitação, reações de amigos e familiares e descoberta da orientação sexual. A relação deles em “Glee” é significativa, pois mostra personagens LGBTQIA+ navegando por questões pessoais, escolares e sociais de forma sensível e realista até o dia do casamento — e, claro, com muita música envolvida.
Onde assistir: Disney+.
3. Emily e Sue (Dickinson)
Vagamente inspirada na verdadeira Emily Dickinson (Hailee Steinfeld) e nos rumores de seu caso de longa data com a esposa de seu irmão, Sue Gilbert (Ella Hunt), a série “Dickinson” fornece uma narrativa poética da conexão apaixonada e romântica entre os dois. mulheres.
Contudo, em meio ao cena de poesiaA cultura americana do século 19 e a guerra civil, seu relacionamento enfrenta desafios e obstáculos que tornam seus momentos na tela ainda mais emocionantes.
Onde assistir: AppleTV+.
4. Stef e Lena (Os Fosters)
Stef (Teri Polo) e Lena (Sherri Saum) são retratadas como mães amorosas e dedicadas, profundamente comprometidas com o bem-estar e o desenvolvimento de seus filhos. “The Fosters” mostra os altos e baixos da maternidade e os desafios de ser um casal de lésbicas assumindo a responsabilidade de criar jovens numa sociedade nem sempre inclusiva.
Enfrentam questões legais e sociais que podem afectar as suas vidas familiares, tais como elementos importantes relacionados com a adopção, a guarda legal e o direito de serem reconhecidas como mães dos seus filhos.
Onde assistir: Disney+ e Prime Vídeo.
5. Callie e Arizona (Anatomia de Grey)
Uma das séries mais longas, as temporadas contaram com vários altos e baixos entre casais, incluindo a pediatra Arizona (Jessica Capshaw) e a ortopedista Callie (Sara Ramírez). O relacionamento deles possui camadas que abordam a vida profissional, as expectativas familiares, a construção de uma casa, entre outros desafios.
De qualquer forma, a representação do casal tem um poder imensamente significativo, devido aos poucos relacionamentos entre mulheres que existiam na TV no início dos anos 2000. Tal representação ajudou a aumentar a visibilidade e a aceitação dos casais do mesmo sexo nos meios de comunicação social, contribuindo para a normalização de diferentes tipos de relações.
Onde assistir: Vídeo principal.
6. Lou e Jackie (Love Bleeds)
O filme explora o relacionamento complexo e intenso entre duas mulheres, Lou (Kristen Stewart) e Jackie (Katy M. O’Brian). O primeiro é um recluso e enigmático gerente de academia, cuja vida é marcada pela solidão e por uma rotina meticulosa. A chegada de Jackie, um ambicioso fisiculturista, desencadeia um romance explosivo que ultrapassa os limites do desejo e da paixão.
A relação entre eles é o coração do filme, construída sobre uma conexão instantânea que rapidamente se torna perigosa. Enquanto Jackie é motivada por seus sonhos de sucesso em Las Vegas, Lou encontra em seu parceiro uma paixão que rompe suas defesas e a leva a tomar decisões arriscadas. A química entre os personagens é palpável, mas a relação deles é complexa, marcada por uma tensão constante entre amor e poder.
Onde assistir: Max e Prime Vídeo.
7. Elisabeth e Lota (flores raras)
Elizabeth Bishop (Miranda Otto) chega ao Brasil em busca de inspiração e paz. Lota de Macedo Soares (Glória Pires), é uma mulher forte e determinada, envolvida em importantes projetos arquitetônicos, incluindo o Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro. Desde o início, existe uma atração mútua entre os dois, que se desenvolve numa relação apaixonada e complexa, marcada por diferenças culturais, de personalidade e de expectativas.
A dinâmica entre os dois reflete a tensão entre amor e ambições. Lota quer construir um futuro estável e grande para ambos, mas as dificuldades emocionais e a natureza independente de Elizabeth geram conflitos que se intensificam com o tempo. A paixão entre eles é forte, mas a relação é marcada por altos e baixos, incluindo momentos de ternura, mas também de sofrimento.
Onde assistir: Netflix.
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