Os principais candidatos a prefeito de São Paulo realizaram ontem um novo debate, marcado por ataques pessoais, insultos, acusações e palavrões lançados entre si. A reunião também foi recheada de microfones cortados, dada a agressividade verbal, e dezenas de pedidos de respostas —quando há o entendimento de que algum candidato exagerou na manifestação. O evento foi organizado por TV Gazeta e através do canal Minhas notícias.
Logo no início, quando faziam perguntas um ao outro, a vulgaridade apareceu. Pablo Marçal (PRTB) iniciou essa linha de conduta, xingando ofensivamente seus concorrentes. Durante duas horas e meia, expressões como “bananinha”, “Chatabata”, “Pablito”, “tchutchuca do PCC”, “Boules”, “bandidinho”, “fraudador”, “vagabundo”, “picareta” e “ladrão” ” foram ouvidos. ”.
Marçal chegou a proferir palavrões e foi avisado. Após crescer nas pesquisas nas últimas semanas, ele foi alvo inicialmente de Guilherme Boulos (PSol), Ricardo Nunes (MDB). Na sequência, José Luiz Datena (PSDB) também atacou o influenciador. Tabata Amaral (PSB) foi menos visada nos ataques, mas também respondeu duramente a Marçal. Marçal insinuou mais uma vez que Boulos usa drogas —o que não foi comprovado. Pelo contrário, constatou-se que o “treinador” utilizou um homônimo do psolista —preso com cocaína— para atacar o deputado federal. Além de provocá-lo chamando-o de “Boules”, ironizou o episódio em que a letra do Hino Nacional foi cantada em linguagem neutra.
“Pergunto ao Boules (sic) se ele não experimentou alucinógenos, maconha. Estragou o Hino Nacional com linguagem neutra, perdeu o sentido patriótico”, provocou o influenciador, rebatendo de imediato.
“Você é um criminoso, condenado. Eu não vou falar com você. Ele é o candidato da mentira, da bravata e está metido até o pescoço no crime organizado”, afirmou, acrescentando que “a farsa do uso de drogas já está demonstrada”.
A estratégia de Nunes foi tentar encurralar Marçal, a quem ele se referia o tempo todo como “Pablito” – uma referência ao megatraficante colombiano Pablo Escobar, conhecido pelo diminutivo de seu nome. “Vou perguntar ao Pablito, condenado por fazer parte de uma quadrilha, que entrou nas contas das pessoas e roubou recursos”, disse, em referência à condenação do adversário. A retaliação de Marçal foi referir-se a Nunes como uma “bananinha”, dando uma sensação pejorativa de ser um candidato fraco que evita o confronto.
“Bananinha, você está desesperado porque está perdendo. Como é ter Bolsonaro como amante? Você é um covarde. Se eu ganhar, você vai para a cadeia”, respondeu o “treinador”, referindo-se também ao ex-presidente, que tem sido visto como hesitante em apoiar Nunes. Nunes chamou Marçal de “tchuchuca do PCC”, numa referência à acusação de que ele e o seu grupo político são próximos da facção criminosa.
Tabata inaugurou a tentativa de discutir programas do governo e questionou Nunes sobre os índices de educação da capital. O candidato afirmou que na gestão de Bruno Covas, ex-prefeito do PSDB falecido, a cidade aparecia em segundo lugar no ranking educacional e hoje está em 19º. O prefeito negou e argumentou que o desempenho do município supera a média de todas as capitais do país.
Marçal, por sua vez, buscou apenas ataques pessoais. Disse que foi vítima de um “consórcio de candidatos comunistas” e que teria mais votos “do que todos esses canalhas juntos”.
O momento de maior tensão foi quando Datena saiu do púlpito em direção a Marçal. Seguranças estavam presentes para dispersar uma possível briga.
Marçal foi rude com Tabata depois que o candidato fez um comentário sobre ele. “A ‘Chatabata’ que Amaral está inventando. Quero te fazer uma pergunta, ei garota. Qual é a sensação de me bater e cair para frente? Isso é chato, é teatro.”
Somente no bloco de perguntas dos internautas sobre os problemas da cidade é que ouvimos e conhecemos algumas ideias dos candidatos. Datena, sobre saúde, defendeu que as unidades básicas fiquem abertas por mais duas horas diárias. Boulos anunciou a criação do “Poupa tempo da saúde”, programa que, garante, vai garantir o acesso da população a exames complexos como a ressonância magnética.
Nunes afirmou que abriu fila para creches da cidade, garantindo vagas para todas as crianças e cinco refeições. Tabata prometeu criar o “passaporte de cidadania” —sistema de pontos que beneficiará os palestrantes. E Marçal afirmou que pretende gerar empregos na periferia de São Paulo, diminuindo a necessidade de deslocamento dos moradores dessas localidades para outros bairros.
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