O movimento negro se une para pedir ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que considere inconstitucional a promulgação da chamada PEC da Anistia, que reduziu a cota para candidatos negros nas eleições e perdoou multas por irregularidades cometidas por partidos políticos em reivindicações anteriores. Para o CorrespondênciaFrei David Santos, representante da EducAfro, contou nesta terça-feira (3/9) como está indo o diálogo com o magistrado, que é relator do pedido de suspensão da PEC, e o que se espera da decisão final do caso .
“Eu disse ao Zanin: ‘você vai ver que o que os partidos estão fazendo com os negros é a continuação da escravidão que durou 200 anos e também a opressão de mais 244 anos. ) a destinação de recursos para os negros, começarmos a implementar a verdadeira libertação para os negros não poderão contribuir fortemente para o Brasil se continuarem escravizados e, para isso, terão que ocupar cargos políticos. eles não entendem isso e querem deixar o poder circular apenas entre os brancos, estão sendo traficantes de escravos, peço que não deixem isso acontecer e que sua decisão seja a favor da justiça’”, declarou o representante do movimento negro.
Frei David esteve com o ministro do STF nesta segunda-feira (2), quando pediu ao magistrado que ouvisse a opinião do movimento negro em nova reunião, que deve ser marcada ainda esta semana. Zanin teria aceitado a proposta.
“Queremos que os partidos de esquerda e de direita tenham lideranças negras. Assim o Brasil ficará mais equilibrado”, reiterou o representante da EducAfro. Diversas entidades sociais deverão participar do futuro encontro com o magistrado, entre elas a Coalizão Negra pelos Direitos, a Frente Nacional Antirracista, o EducAfro e o Pacto pela Democracia.
Encontro com festas
Esta tarde, o ministro do STF recebe representantes de partidos políticos para discutir o assunto —os partidos Rede e Psol (Partido Socialismo e Liberdade), que são contra a PEC da Anistia e a favor do movimento negro, não estarão presentes.
“Estamos muito preocupados porque quem manda são os partidos no Brasil. Ultimamente o STF tem tido coragem de enfrentar os partidos, mas o STF enfrenta os partidos quando a demanda interessa ao poder branco brasileiro. no pescoço do ministro Zanin e ele cometeu uma injustiça para agradar os partidos, o poder branco, e deixar de fora as vítimas do Brasil que nós, negros, somos há anos”, destacou Frei David.
Para ele, como o STF julga os casos com base na Constituição, Zanin deve tomar a decisão com base nos direitos dos negros, que são garantidos constitucionalmente. O deputado defende ainda que o STF atue em “demandas da sociedade” nas quais o Congresso Nacional “se cala”.
Críticas ao presidente
Questionado sobre a presença do PT no encontro com Zanin, Frei David afirmou que o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “quer continuar sendo um partido branco, mesmo tendo maioria de votos negros”. Ele lembrou então da escolha de ministros do STF, ocorrida no ano passado, em que a sociedade exigia representação negra e feminina.
“Quando Lula diz que escolheu alguém muito próximo dele (para o STF), a nossa preocupação é porque nenhum negro janta como o Lula, almoça com o Lula, nem antes, nem agora, salvo raras exceções. portas do Palácio do Planalto para conhecer os negros. Queremos muito que o presidente comece a jantar com a comunidade negra porque escolheu o Zanin, que era muito conhecido, mas (Lula) não conhecia nenhum dos 10 altamente. mulheres qualificadas para o cargo é ele quem indica e, se Lula indicar, podemos reivindicar os espaços a que temos direito”, finalizou o representante do movimento negro.
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