O Ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeidadetentor de cargo considerado estratégico para parte do eleitorado de Luiz Inácio Lula da Silva, está no centro de acusações de assédio sexual que se tornaram públicas nesta quinta-feira (09/05) por meio da organização Me Too Brasil e foram reveladas pelo portal Metrópoles.
Advogado, jurista e filósofo, Almeida teria sido acusado por 14 mulheres, incluindo a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Procurada por diversos órgãos de imprensa, Anielle não quis comentar a denúncia, mas também não negou. O ministro nega todas as acusações.
O presidente Luiz Inácio da Silva anunciou que se reunirá com Almeida e Anielle na tarde desta sexta-feira (9/5) para tomar uma decisão, mas acrescentou que “o governo não fará jus ao seu discurso (…) sobre os direitos dos seres humanos com alguém que está sendo acusado de assédio.”
Um dos expoentes do pensamento antirracista Brasileiro, Almeida colabora com a atual gestão petista desde antes de assumir o cargo, pois em 2022 fez parte da equipe de transição, antes de assumir o ministério.
Ao ser eleito, Lula decidiu desmembrar o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, então comandado pela hoje senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Assim, foram criados o Ministério dos Direitos Humanos, cuja nomeação de Almeida para chefiar o ministério foi anunciada em dezembro de 2022, e o da Mulher, chefiado por Cida Gonçalves.
Foi comemorada a escolha de Almeida para liderar uma pasta importante para a base eleitoral de Lula, num momento em que a nova gestão enaltecia os direitos das mulheres, dos negros, dos indígenas e das pessoas com deficiência.
Natural de São Paulo, Almeida é formado em Direito e Filosofia e doutor em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). Foi pesquisador da USP e da Duke University (EUA), professor do Mackenzie, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor visitante da Columbia University, nos Estados Unidos.
Sua atuação o tornou conhecido na última década no debate antirracista e na defesa dos direitos humanos.
Antes de entrar no governo, presidiu o Instituto Luiz Gama entre 2008 e 2022, do qual participou da fundação. A organização é formada por um grupo de juristas, acadêmicos e ativistas que trabalham na defesa das causas populares negras e dos direitos humanos.
Almeida também foi chefe do Centro de Estudos Brasileiros do Instituto para a Reforma das Relações Estado-Empresa (IREE).
O advogado e filósofo é autor das obras Racismo Estrutural, (Pólen Livros), Sartre – direito e política: ontologia, liberdade e revolução, (Boitempo) e O Direito no Jovem Lukács: A Filosofia do Direito na História e na Consciência de Classe, (Alfa Ômega).
Em 2021, foi relator da comissão de juristas criada pela Câmara dos Deputados para propor o aprimoramento da legislação de combate ao racismo estrutural e institucional no país.
*Este texto está em atualização. Novas informações serão publicadas em breve
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
como fazer emprestimo consignado auxilio brasil
whatsapp apk blue
simular site
consignado auxilio
empréstimo rapidos
consignado simulador
b blue
simulador credito consignado
simulado brb
picpay agência 0001 endereço