Lourival Correa Netto Fadiga, preso e acusado de extorsão por sequestro pelo desaparecimento da advogada Anic De Almeida Peixoto Herdy, era seu amante e a atraiu para um encontro no dia 29 de fevereiro, segundo a polícia. A linha de investigação do Ministério Público e da 105ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro aponta para a suspeita de que a vítima sequestrada tenha sido assassinada e teve o corpo escondido. As afirmações constam da denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), acatada pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Petrópolis.
Segundo o MPRJ, Lourival, mandante do crime, era funcionário da família há aproximadamente três anos e se apresentava como policial federal sem o ser. Lourival passou a dar segurança pessoal à família de Anic, além de ter acesso irrestrito aos cartões de crédito e suas respectivas senhas.
“Aproveitando a confiança que sua família lhe depositou e o conhecimento de sua rotina, ele elaborou o plano criminoso e contou com a ajuda dos filhos e de uma mulher, com quem mantinha relacionamento amoroso, para sua execução”, diz o reclamação.
O marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, é herdeiro de uma fortuna no Rio de Janeiro e pagou um resgate de aproximadamente R$ 4,6 milhões para libertar a esposa, o que, no entanto, não ocorreu até o momento.
Anic desapareceu no dia 29 de fevereiro, mas o caso só chegou ao conhecimento da Polícia Civil no dia 14 de março. “A ideia de não levar os fatos ao conhecimento das autoridades locais partiu do próprio funcionário das vítimas, atrasando o início das investigações”, aponta o MPRJ.
No dia do pagamento do resgate, o grupo criminoso adquiriu um veículo de luxo, avaliado em RS 500 mil, pago em dinheiro. Além do veículo, também foram adquiridos uma motocicleta e 950 celulares. A denúncia destaca ainda que o marido da mulher desaparecida realizou mais de quarenta transferências bancárias sob orientação de Lourival.
“A linha de investigação do Ministério Público e da 105ª Delegacia aponta suspeitas de que a vítima sequestrada tenha sido assassinada pelo grupo e teve seu corpo escondido, razão pela qual as investigações continuarão em procedimento investigativo criminal próprio. indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que serão devidamente investigados”, cita o MPRJ.
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