A indústria de jogos digitais no Brasil ganhou mais um impulso, nesta segunda-feira (20/5), com o lançamento do Circuito de Jogos Digitais no Distrito Federal. Parceria entre o Ministério do Esporte, o Instituto Federal de Brasília (IFB), o Serviço Social do Comércio (Sesc-DF), com apoio do senador Izalci Lucas (PL-DF), a iniciativa visa incentivar a prática de diversas modalidades de esportes digitais, como ferramenta de desenvolvimento educacional, profissional e esportivo.
O Brasil é líder em consumo de esportes digitais na América Latina e terceiro no mundo, mas ainda enfrenta uma lacuna no mercado de trabalho por falta de mão de obra adequada no setor de Tecnologia da Informação (TI), com mais de 400 mil empregos de vagas. empregos, segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e Tecnologias Digitais (Brasscom).
Só em 2023, o e-Sport gerou receita de R$ 26 bilhões, só no Brasil. Para 2024, a expectativa é que esse valor ultrapasse R$ 27 bilhões. “Os jogos eletrônicos têm um aspecto econômico muito forte. Hoje é uma indústria maior que a indústria do entretenimento, além de outras áreas que estão relacionadas à economia, como a venda de souvenirs, bonecos, filmes e músicas associadas a jogos”, explicou Sérgio Medeiros, coordenador pedagógico na Associação Moriá e no Projeto Jogos Digitais Educacionais (JEDIS).
Os Jedis devem contribuir para esse crescimento oferecendo cursos profissionalizantes para alunos do Sesc e do IFB. A iniciativa será composta por cinco ciclos de atividades pedagógicas, até março de 2025, totalizando o desenvolvimento do circuito em 10 meses. No total, serão impactados cinco mil alunos, que participarão de uma competição de jogos online e poderão se inscrever em cursos profissionalizantes na área de tecnologia, como programação para internet; pacote adobe; marketing digital; Designer de Web; tela; Jogos eletrônicos: origem e evolução.
“Hoje existe um processo pedagógico de metodologias ativas chamado gamificação da educação, que envolve trazer jogos para promover o ensino de forma mais didática, para atrair mais jovens. Dentro desse processo de gamificação, trazer jogos eletrônicos, como essa ferramenta de ensino, traz ao aluno um maior nível de interatividade, o que confere maior imersão ao conteúdo que está sendo abordado. Por outro lado, nos aspectos sociais, o esporte gera socialização, traz nível de cognição e desenvolvimento cognitivo e auxilia uma série de fatores como memória, tomada de decisão, planejamento estratégico”, destacou Medeiros.
Os alunos que se inscreverem no circuito poderão escolher entre Liga dos lendários; Valorante; Fogo livre; eFutebol; Táticas de TeamFight. “O aluno escolhe entre essas cinco modalidades que mais se identifica e oferecemos um curso de iniciação teórica e um momento de experimentação prática”, detalhou o coordenador do projeto.
“Educação profissional é tudo que o Brasil precisa. Então o projeto é uma forma dos jovens desenvolverem projetos, entenderem a linguagem e desenvolverem jogos eletrônicos. Hoje temos uma carência de 400 mil profissionais na área de tecnologia, então temos que criar mecanismos para poder atender o mercado e dar oportunidades de emprego para os jovens”, disse o senador Izalci.
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