A influenciadora Deolane Bezerra, presa nesta quarta-feira, 4, durante a operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco que atinge uma organização criminosa suspeita de envolvimento em jogos ilegais e lavagem de dinheiro, permanece detida na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), na região metropolitana região. A confirmação foi feita neste sábado, 7, pelo advogado Carlos André Dantas, que integra sua equipe de defesa.
Ele negou a informação de que Deolane teria saído da prisão na sexta-feira, 6. Segundo Dantas, há conflito de competência entre as câmaras criminais do Tribunal de Justiça de Pernambuco para julgar o habeas corpus apresentado pela defesa, em razão de outro pedido protocolado anteriormente. por um advogado paranaense.
“Estava aguardando no TJPE informações sobre o habeas corpus, solicitado pela equipe de advogados da família da Dra. Deolane Bezerra. Entrei em contato com a diretoria criminal e me informaram que havia conflito de competência entre as câmaras criminais do Tribunal , em razão da competência causada pelo primeiro HC ajuizado, ajuizado por advogado externo à equipe de advogados da Dra. Deolane, que pediu a desistência logo em seguida, mas mesmo assim estabeleceu aquela Câmara como competente para julgar habeas corpus”, explicou Dantas.
Segundo o advogado, o pedido apresentado pela defesa do influenciador ainda aguarda julgamento.
Pelas redes sociais, Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, também fez uma publicação comentando o conflito de competência. “Meu povo, o HC (habeas corpus) da minha irmã não foi julgado devido ao conflito de competência que ocorreu no tribunal, e precisou ser redistribuído ao juiz competente para poder julgar esse habeas corpus”, disse ela.
Operação teve carros e aeronaves de luxo apreendidos
Além de 19 mandados de prisão, a Operação Integração cumpriu 24 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens (carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações) e valores. Também foi solicitado o bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões.
As autoridades afirmam que entre os alvos está um grupo ligado a apostas (sites de apostas esportivas), mas afirmam que o alvo da investigação são atividades não permitidas por lei (as apostas esportivas são regulares).
Os mandados foram cumpridos em Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel e Curitiba (PR) e Goiânia (GO). Todos eles foram expedidos pelo Juízo da 12ª Vara Criminal da Comarca da capital pernambucana.
A investigação começou com a apreensão de R$ 180 mil e já está na 3ª fase. O foco é um esquema de lavagem de dinheiro adquirido por meio de jogos de azar e dividido em três fases: aquisição, ocultação e integração do dinheiro ao patrimônio dos envolvidos – sendo que esta última ocorreu e levou à prisão de Deolane.
Os sites VaideBet e Esportes de Sorte afirmam cumprir a legislação e dizem estar à disposição das autoridades.
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