O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou mais otimismo em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Ele disse ontem que a nova projeção de expansão da atividade econômica, que será anunciada ainda esta semana, deverá ficar acima de 3%.
“A atividade econômica continua forte, hoje tivemos dados fortes de serviços, esta semana devemos divulgar a projeção do PIB e as consequências na receita. Possivelmente, com um aumento na projeção além do que esperávamos. bastante consistente, crescimento de 3%, talvez até um pouco mais”, disse o ministro, ontem, em evento no Palácio do Planalto, em referência aos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que também superou as expectativas (veja matéria abaixo) .
“Quero dizer que, neste ano, já contraímos um crescimento de 3%. Não vamos crescer menos que isso”, disse Haddad. “Esse é o dever do Ministério das Finanças, que esses 3% passem para 3,5%, e depois para 4%. Que não seja uma fuga de galinha, mas sim um desenvolvimento sustentável”, acrescentou.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou aumento de 1,4% no PIB do segundo trimestre, acima das expectativas do mercado e do governo. Na época, Haddad cogitou uma revisão da previsão atual, de 2,5%, para 2,8% ou mais.
Segundo dados do último boletim Focus do Banco Central, a estimativa mediana do mercado para o PIB deste ano passou de 2,46% para 2,68%. E, para 2025, a previsão passou de 1,85% para 1,90%.
O ministro voltou a mencionar que o desempenho do PIB superou repetidas previsões de mercado e criticou as projeções negativas para a economia. “O Brasil tem desafios, mas negar as oportunidades que este país tem é um crime contra o país. Não podemos deixar o pessimismo chegar a esse nível.”
Apesar da primeira deflação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano, com resultado negativo de 0,02% em agosto, o ministro evitou comentar a possibilidade de o Banco Central voltar a aumentar a taxa básica da economia (Selic). ) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O ministro disse que é preciso esperar e minimizou o impacto do aumento dos custos de energia neste mês com a volta da bandeira vermelha. “Essa inflação decorrente desse fenômeno não se resolve com juros. Juros é outra coisa. Mas o Banco Central tem um arcabouço técnico muito consistente para tomar a melhor decisão e vamos aguardar (a reunião do Copom) na semana que vem”, afirmou. “Estamos acompanhando a evolução desta questão climática, o efeito do clima nos preços dos alimentos e, eventualmente, nos preços da energia, deixa-nos um pouco preocupados com isso”.
Isenção
À tarde, ao falar à imprensa na sede do Tesouro, Haddad afirmou que o governo não pedirá nova prorrogação da votação do projeto que define a compensação da desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia, além de municípios com até 156 mil habitantes.
“Não vamos pedir mais (prazo), porque estamos no limite da nossa responsabilidade. Não dá mais tempo para fechar o ano”, disse Haddad a jornalistas em frente ao Ministério da Fazenda. Após falar, o ministro foi ao Tribunal de Contas da União (TCU) para esclarecer os recursos que serão utilizados para restabelecer a isenção. “O alerta (do TCU) não precisa ser feito ao governo, tem que ser feito ao Congresso”, acrescentou.
O Supremo Tribunal Federal (STF) havia definido o dia 11 de setembro como prazo para que a compensação do benefício fosse definida. No final de 2023, a lei que definia a isenção foi prorrogada pelo Congresso até 2027. E o Projeto de Lei 1.847/24, que tramita na Câmara dos Deputados, estabelece um período de transição entre 2025 e 2028 para a retomada dos impostos sobre o folha de pagamento dos setores isentos, além dos entes da Federação. O Tesouro estima uma compensação de R$ 28 bilhões para este ano, com a aprovação da proposta que deve ser votada até ontem.
Haddad defendeu ainda que a compensação pela isenção da folha de pagamento terá que ser feita “na forma estabelecida pelo Banco Central”. (Com informações da Agência Estado)
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com