Numa das maiores operações do género em 933 dias de guerra, a Ucrânia e a Rússia trocaram 206 prisioneiros – 103 de cada lado – após um acordo mediado pelos Emirados Árabes Unidos. No total, “103 soldados russos capturados na região de Kursk (fronteira) foram devolvidos daquele território controlado pelo regime de Kiev”, informou o Ministério da Defesa russo. “Em troca, foram entregues 103 prisioneiros de guerra do exército ucraniano”, acrescentou. “Todos os soldados russos (trocados) estão atualmente na Bielorrússia, onde recebem a ajuda psicológica e médica necessária”, acrescentou a fonte.
Para Petro Burkovsky, analista da Fundação Ilko Kucheriv para Iniciativas Democráticas (em Kiev), a Rússia concordou em trocar prisioneiros para obter a libertação, pela Ucrânia, de recrutas capturados durante ataques das forças de Zelensky na região russa de Kursk. “Como aconteceu antes, esta troca de prisioneiros mostra uma fraqueza importante de Vladimir Putin. O presidente da Rússia tem medo de ser descrito como fraco e inútil. Recuperar os recrutas é importante para acalmar a insatisfação causada pelo fracasso em Kursk. Mas isso não significa muda a intenção do Kremlin de continuar a guerra”, explicou ele Correspondência.
Professor de política comparada na Universidade Kiev-Mohyla, Olexiy Haran disse ao repórter que, entre os ucranianos libertados ontem, estavam soldados que defendiam a cidade de Mariupol e membros do Regimento Azov. “Não foi a primeira troca entre prisioneiros, nem será a última. Desde o início da guerra, cerca de 3.600 ucranianos foram capturados pela Rússia. Não acredito que isto sinalize uma inclinação por parte de Moscovo para a paz”, disse ele.
Segundo Haran, muitos ucranianos continuam detidos em prisões na Rússia. “Além disso, 200 mil crianças do meu país foram deportadas pelos russos e apenas algumas centenas regressaram às suas casas. A Rússia continua a bombardear a Ucrânia. Na quinta-feira, três médicos da Cruz Vermelha foram assassinados em bombardeamentos. Um navio comercial de fornecimento de cereais, que foi viajando da Ucrânia para o Egito, explodiu. Portanto, não creio que a Rússia esteja disposta a negociar a paz”, destacou o estudioso. Haran defende a continuidade destas trocas, mas descarta que aproximem russos e ucranianos do fim da guerra.
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