Daniela Mercúrio causou grande choque entre sua equipe e o público, durante show realizado no lançamento do Casacor Bahiaem Salvadorno último sábado, 14. Em um momento de frustração, a cantora jogou do palco uma cadeira que havia sido deixada ali por um músico, e continuou sua apresentação sem interrupções.
O incidente foi capturado por um convidado e rapidamente compartilhado nas redes sociais. “Depois daquele momento, ouvi vários ‘bois’ da plateia”comentou Maria Marques ao lançar o vídeo.
A atitude de Daniela não foi bem recebida pelos Tati Mandelliempresária e fundadora da Tidellia empresa responsável pela cadeira lançada em Casa Colorida. Mandelli expressou sua indignação com o ato, dizendo: “Hoje de manhã vi o lamentável vídeo do show da Daniela Mercury, onde ela tratou nossa peça como lixo.”
Ela continuou: “A Tidelli emprega 700 pessoas na região metropolitana de Salvador e cria produtos para o mundo inteiro. Ninguém tem o direito de tratar nossos produtos com desrespeito, e o comportamento da cantora demonstra falta de elegância e respeito.”
Mandelli finalizou afirmando que a situação reforça a ideia de que os empresários não sabem lidar com os artistas, enquanto os artistas não demonstram respeito pelos empresários.
Daniela Mercury se manifesta no Instagram e esclarece o incidente
Neste domingo, 15, Daniela Mercury publicou uma carta aberta em seu perfil do Instagram, na qual esclareceu o incidente envolvendo a cadeira. Confira o texto completo:
“Carta aberta ao meu futuro amigo, o Banco:
Querido Stool, olha, não foi nada pessoal. Eu nem te conhecia até ontem à noite. Fiquei muito chateado porque minha equipe não tirou você de lá. O palco é meu templo, cara, meu lugar de expressão artística. Foi aí que entramos num impasse, mesmo sem nos conhecermos: era eu ou você. Tive que começar o show e você não se mexeu… Você não dançou, não cantou, nem se retirou (como deveria ser).
Liguei para um assistente, liguei para outro, ninguém se mexeu. Querido banquinho, você foi testemunha que eu pedi para te tirar daí, certo? Não fui atendido porque banco é certamente uma palavra masculina. Não parece, mas muitas pessoas resistem em receber encomendas de mulheres.
Então eu te pergunto, como se estivéssemos em uma mesa de bar, banquinho: se fosse um artista homem, eles desprezariam repetidamente meus pedidos? Só nós, mulheres, sabemos o que passamos para liderar e sobreviver no selvagem mundo masculino. Aí quando reagimos como eles, somos chamados de loucos e eles querem nos queimar, como fizeram com as bruxas.
Pois bem, deixa eu te contar: se todas as mulheres fossem “loucas” pelo menos uma vez na vida, já seríamos respeitadas e teríamos uma posição de igualdade com os homens. Cada mulher que se impõe nos liberta. Eu me libertei ontem tirando você, banquinho (nada pessoal, repito!) do meu palco. Não foi sua culpa, banquinho. Mas você era eu Impedindo-me de começar minha apresentação como havia planejado.
Então, querido banquinho, por causa da sua resistência (você é muito forte), resolvi comprar você e deixá-lo no centro da minha sala como símbolo do meu empoderamento e da minha liberdade. Meninas, façam como eu, peguem seus banquinhos e joguem-nos se for preciso, mas não deixem ninguém dizer o que vocês podem ou não fazer. Nunca vá embora! CADA MULHER QUE SE IMPOSTE, NOS LIBERTA. Um beijo carinhoso para você, meu banquinho preferido.”
Fernanda Frühauf – Supervisão de Marcelo de Assis
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