A rede social X, antigo Twitter, anunciou nesta quarta-feira (18/9) que a restauração temporária do serviço da plataforma no Brasil foi “Involuntária” e ocorreu devido a um problema técnico. Uma mudança de provedor de rede “resultou em uma restauração temporária e involuntária do serviço para usuários brasileiros”, escreveu X em sua conta de Assuntos Governamentais Globais, acrescentando que espera que a plataforma se torne inacessível novamente no país “em breve”.
A rede social voltou a ficar parcialmente disponível para usuários no Brasil nesta quarta-feira, após ser suspensa no dia 30 de agosto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) por falhas judiciais.
Antes do comunicado da empresa, a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), que representa o setor, já havia se manifestado sobre a retomada dos serviços da plataforma, afirmando que a estratégia utilizada para driblar a decisão do STF foi a adoção de endereços endereços IP dinâmicos fornecidos pela plataforma Cloudflare, um serviço de proxy reverso em nuvem que atua como intermediário entre os usuários e o X.
Ao adotar o Cloudfare, o X ganhou acesso a uma rede de IPs dinâmicos que mudam constantemente, dificultando muito o bloqueio por provedores de internet, já que os IPs utilizados pela aplicação passam a ser compartilhados com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas, que também utilizam Cloudfare.
A suspensão da plataforma foi uma decisão do ministro Alexandre de Moraes motivada pela recusa de Elon Musk, bilionário dono da rede social, em bloquear contas ligadas a investigações de atos antidemocráticos e milícias digitais, além do fechamento do X escritório no Brasil e ausência de representante legal da empresa no país.
Moraes aplicou multa diária de R$ 50 mil para quem usar qualquer subterfúgio tecnológico para acessar a rede social e notificou a Anatel para exigir o bloqueio da plataforma pelas operadoras de internet.
Agora, o ministro deverá proferir nova decisão contra X, por contornar a ordem judicial. Moraes aguarda que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) envie ao seu escritório informações técnicas sobre o uso do IP dinâmico.
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