O dispositivo intrauterino (DIU) pode ser inserido em qualquer momento da vida reprodutiva, inclusive em mulheres que não tiveram filhos, desde que descartada a possibilidade de gravidez. Segundo o Ministério da Saúde, o método anticoncepcional tem eficácia superior a 99% — índice superior ao da pílula anticoncepcional e equivalente à laqueadura tubária.
O DIU de cobre pode ser usado por até 10 anos. O cobre tem ação espermicida, ou seja, destrói os espermatozoides, impedindo-os de penetrar no útero. O DIU hormonal libera progesterona no útero gradualmente ao longo de cinco anos. Esse hormônio altera a secreção do colo do útero, impedindo a penetração dos espermatozoides.
“O DIU provoca alterações no endométrio ao liberar íons de cobre na cavidade uterina, levando a uma ação inflamatória e citotóxica com efeito espermicida, ou seja, impede a passagem dos espermatozoides, agindo antes da fecundação. no muco cervical, causando dificuldade de mobilidade dos espermatozoides, e provoca alterações nos mecanismos das trompas, o que dificulta a movimentação do óvulo em direção ao útero e à fecundação”, explica o Ministério da Saúde.
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia destaca que o uso do DIU é reversível, ou seja, pode ser interrompido caso haja desejo pela maternidade. Quando removido, a fertilidade pré-existente retorna rapidamente, independente de quanto tempo a pessoa utilizou o método.
Contra-indicações para inserção do DIU:
- Gestação;
- Prolapso uterino total;
- Câncer cervical e câncer endometrial;
- Imunossupressão grave por HIV (AIDS nos estágios clínicos 3 e 4);
- Trombocitopenia grave e outros distúrbios graves de coagulação;
- Período entre 48 horas e 1 mês pós-parto;
- Sangramento uterino anormal de origem desconhecida;
- Doença trofoblástica gestacional em tratamento;
- Distorções da cavidade uterina, congénitas (malformações uterinas) ou adquiridas (miomas, pólipos, estenose do colo do útero) quando estas impeçam a introdução ou permanência do DIU no interior da cavidade uterina;
- Identificação no exame físico de sinais sugestivos de cervicite, doença inflamatória pélvica aguda, endometrite crônica ou tuberculose pélvica. A inserção do DIU pode ser realizada imediatamente após o término do tratamento para essas condições;
- Alergia ao cobre;
Para colocar o dispositivo intrauterino a mulher não deve apresentar sinais ou sintomas de gravidez. A inserção do DIU é feita por profissionais de saúde. Veja os critérios:
- Essa inserção pode ser feita durante a menstruação ou até 7 dias após o início da menstruação normal;
- Não teve relações sexuais desde o início da última menstruação normal;
- Ter utilizado correta e consistentemente um método contraceptivo confiável;
- Menos de 7 dias após aborto espontâneo ou induzido;
- Dentro de 4 semanas após o parto; ou
- Ser amamentado exclusiva ou quase exclusivamente, na amenorreia e antes dos 6 meses pós-parto.
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