O influenciador digital Mayke Garbo está sendo investigado pela Polícia Federal, por meio da Operação IFraud, por importar smartphones de forma criminosa e também por ensinar seus seguidores a importar produtos sem pagar os devidos impostos.
Com 627 mil seguidores no Instagram e 250 mil no Youtube, Garbo oferece diversos cursos gratuitos nos quais ensina como importar produtos dos Estados Unidos, como relógios luxuosos, tênis caros, iPhones, perfumes e roupas caras.
O influenciador é investigado pelos crimes de peculato e falsidade ideológica. Mais de 25 mil estudantes de Mayke também são investigados pela PF.
Mayke Garbo foi faxineira dos 13 aos 17 anos em uma loja de materiais de construção. Tornou-se agente penitenciário aos 21 anos. Depois passou para esquemas de importação, que lhe renderam mais de R$ 9 milhões de lucro até março deste ano, segundo postagem em suas redes.
A influenciadora é casada e tem dois filhos.
O Correspondência Entrei em contato com Mayke Garbo em busca de uma vaga. Caso haja resposta, o artigo será atualizado.
Operação Ifraud
A Operação Ifraud cumpre oito mandados de busca e apreensão em São Paulo e em outras cinco cidades do estado. Além disso, um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em Maceió, em busca da empresa importadora dos celulares.
Segundo a PF, Garbo ensinou seus alunos a importar produtos dos Estados Unidos por meio de transações com “sites parceiros”, o que os ajudou a adquirir os aparelhos sem pagar impostos.
Além de ensinar importação criminosa, o influenciador forneceu celulares importados ilegalmente para outros clientes. A investigação mostra que ele mantinha uma rede de cúmplices responsáveis pela importação e distribuição irregular de smartphones.
A Receita Federal interceptou duas remessas de pedidos de celulares e, em ambos os casos, os responsáveis não apresentaram documentos da origem legal dos aparelhos.
A empresa identificada como distribuidora de importações ilegais movimentou R$ 45 milhões e comprou R$ 1,8 milhão em criptomoedas em 2023.
Nos primeiros 100 dias deste ano, a empresa vendeu mais de 3 mil celulares sem nenhuma nota fiscal das mercadorias que entraram no país.
A Receita Federal estima que o esquema causou prejuízo de R$ 50 milhões aos cofres públicos.
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