No Dia Internacional e Nacional do Idoso, nesta terça-feira (1/10), o ministro da Saúde em exercício, Swedenberger Barbosa, foi entrevistado no programa CB.Power — uma parceria entre o Correspondência Brasiliense e o TV Brasília. O ministro falou sobre as políticas do governo para melhorar a qualidade de vida dos idosos. Ele destacou a importância de ações coordenadas para garantir o bem-estar dessa população, que já soma 33 milhões de pessoas no país.
“16% da população tem mais de 60 anos. O Brasil é um dos países que ampliou muito essa mudança demográfica. Isto implica impactos muito fortes nos sistemas de assistência social e de saúde. Aumentamos 1,2 milhão de idosos por ano. Para isso, estamos trabalhando na atenção integral à saúde dos idosos”, explicou.
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Segundo Barbosa, o envelhecimento da população brasileira traz desafios não só para o governo federal, mas também para os governos estaduais e municipais, que precisam estar preparados para atender às demandas específicas desse grupo. “As coisas acontecem no município, naquele território, nas casas. Quem cuida dos idosos? Ele está chegando bem à velhice? Ele é capaz de prestar cuidados?” ele perguntou. O ministro defende que promover o bem-estar dos idosos deve ser prioridade, independentemente do estado ou município.
Barbosa destacou ainda que, além do atendimento médico, é fundamental pensar em alternativas que promovam a qualidade de vida dos idosos, como a instalação de equipamentos públicos que incentivem a prática de atividades físicas e sociais. “Temos que ter uma situação de bem-estar, que passa por opções de equipamentos públicos, como academias e hortas comunitárias. A União deve financiar esses equipamentos para que estados e municípios possam implementá-los, permitindo a prática de exercícios físicos dos idosos.”
Outro ponto destacado pelo ministro foi a importância da integração dos idosos ao mundo digital e da educação continuada. “Queremos que os idosos utilizem o aplicativo do SUS para consultar consultas. Quem disse que idosos não aprendem? Eles aprendem muito! Com toda a sua experiência e bagagem, ele não pode ser deixado de lado pela sociedade. Imagine poder usar o aplicativo do SUS para acompanhar consultas”, disse.
Para o ministro, o crescimento do número de idosos é reflexo das melhorias na saúde pública, mas ainda há disparidades a serem corrigidas. “Aumentamos a qualidade de vida. No entanto, temos que equalizar as diferenças. O SUS é obrigado a fazer isso. Como posso garantir que os idosos de baixa renda tenham direitos semelhantes aos daqueles que têm uma boa aposentadoria? Tenho que equalizar o SUS, pois ele não pode privilegiar determinado segmento em detrimento de outro”.
*Estagiário sob supervisão de Andreia Castro
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