Uma das grandes revelações da música nacional dos últimos anos, Budah lança o primeiro e aguardado álbum da carreira. Intitulado Roxocom 15 faixas e 42 minutos, o álbum traz grandes nomes da música brasileira, como Djonga, Mc Luanna, Delacruz, Ursão e Duda Beat, e traça uma viagem pelas diversas nuances do amor.
Budah, nome artístico de Brendha Rangel, iniciou sua carreira artística dentro do movimento hip hop em Cariacica (ES), cidade onde cresceu. O artista capixaba entrou em cena pelas batalhas de rimas da cidade e posteriormente pelo movimento do graffiti, onde o nome artístico surgiu como assinatura do graffiti.
A cantora começou a ganhar destaque no cenário do rap e do trap nacional com o lançamento de singles e participações em músicas de grandes figuras do movimento. Depois de alguns anos construindo seu nome, Budah finalmente lançou o primeiro álbum da carreira, que ao contrário do que imaginavam, não se restringe ao rap.
Com raízes no R&B, soul e afrobeat, Púrpura é uma experiência musical completa que lança o artista para outras áreas da música. “Sou um artista que sempre gostou de fazer muitas coisas, mas as pessoas não sabem disso. Então, estou trazendo tudo que tenho, tudo que gostaria de fazer, de cantar, de escrever, para mostrar que não faço só uma coisa”, afirma.
O álbum começou a surgir há mais de um ano e meio quando a cantora escreveu a música de abertura Linha de Frente. Para Budah, o início do processo de criação do álbum foi difícil devido a problemas pessoais e emocionais, o que causou um bloqueio criativo. Para desbloqueá-lo, o artista fez um acampamento, conhecido como retiro de composição, que possibilitou a criação de diversas músicas do álbum.
“Convidamos vários compositores para participar e fizemos músicas incríveis, a maioria das músicas que fizemos no camping entraram no álbum. No final foi muito gratificante, já estava muito feliz com tudo que estava fazendo”, conta. “Sinto-me realizada, como se uma criança tivesse nascido”.
Buda define Roxo como um álbum que fala sobre todas as formas de amor, desde o amor próprio, ao amor romântico, ao amor de amigos e familiares e ao amor de fé. “Acho que cada música tem um sentido de amor, mas cada uma fala de amores diferentes.” O artista confessa que a faixa Nosso vínculo foi uma dedicatória aos amigos do Espírito Santo. “É muito difícil viver o sonho longe da minha família e amigos que me conheceram antes de eu ser Budah, sabe?”
O álbum começa com um som mais forte e sexy, típico do rap e do trap e, após o interlúdio, evolui para um som mais romântico e suave, que tem referências em outros gêneros musicais. Segundo a cantora, essa dualidade faz parte do conceito e da estética do álbum, que foca na cor roxa, que pode transitar por diferentes tons.
“Tem uma dualidade muito legal também, porque quando é um lilás bebê você fica calmo, leve, tranquilo, e o roxo traz algo mais sexy, poderoso, algo mais sério”, diz. Roxo é a cor preferida da cantora desde muito antes de ela ser Budah, então é justo fazer do pigmento a marca registrada da artista.
Ao escolher o nome do álbum, Roxoque para a artista transmite beleza, poder e força, ela descobriu que é a cor mais rara do mundo. No entanto, não é apenas a cor que é rara e poderosa. Budah também tem talento, intensidade e dedicação que não se encontram em todos os lugares.
Com letras que transmitem as experiências da artista, as músicas do álbum transbordam emoções, desejos e ideais individuais, mas que permeiam a comunidade, principalmente as mulheres. Mulher cada vez mais presente no hip hop nacional, movimento majoritariamente masculino, Budah reconhece as dificuldades de permanecer na cena.
“Isso me faz duvidar se eu realmente quero continuar trabalhando com alguns caras do rap porque é um machismo flagrante. É como se me estivessem a fazer um favor, e não como se me respeitassem como artista porque sou boa”, confessa.
Apesar das dificuldades, a cantora não se vê fazendo mais nada, o que a motiva a continuar. “Acho que não é hora de parar, estou realmente aqui e sei o meu lugar, sei que sou respeitado na cena. Acho que não sou reconhecido como deveria, mas há hora para tudo.”
Este ano, veio uma indicação para comprovar o valor de Budah para a música brasileira. A artista foi a única mulher a representar o Brasil no BET Hip Hop Awards 2024, uma das maiores premiações internacionais, na categoria Best Flow. Ao lado dos Racionais MC’s, a indicação reafirma a relevância do cantor no cenário nacional.
“Isso veio para mim como uma confirmação de que estou no caminho certo. É muito louco porque nunca imaginei isso”, diz. “Me pego pensando que quando era pequeno ver esses prêmios e hoje ser indiciado, realmente é um sonho sendo realizado e reconhecido.”
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