O apagão que deixou milhares de paulistanos sem luz nos últimos dias dominou a discussão no primeiro bloco do debate da TV Bandeirantes dos candidatos a prefeito de São Paulo na noite desta segunda-feira (14/10). Este é o primeiro confronto direto desde o início do 2º turno entre o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (Psol).
A tempestade que atingiu a capital e a região metropolitana na última sexta-feira deixou mais de 2 milhões de endereços sem energia e o apagão já está no quarto dia. O incidente virou questão eleitoral e cabo de guerra entre a prefeitura, a concessionária Enel e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Boulos, escolhido para iniciar o debate, relembrou um apagão em São Paulo ocorrido em novembro de 2023, e criticou as ações da atual gestão para prevenção e resolução. “Esse apagão tem dois grandes responsáveis, a Enel, que é uma empresa que presta um serviço horrível e que eu, como prefeito de São Paulo a partir de 1º de janeiro do ano que vem, vou trabalhar para tirar daqui, e o Ricardo Nunes. A cidade hoje está refém desses dois poderes, da Enel e do prefeito”, destacou.
Nunes, por sua vez, adotou a estratégia de culpar o governo federal pela crise, criticando a agência reguladora, o Ministério de Minas e Energia (MME) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), padrinho de Boulos. “É inaceitável o que a Enel fez ao estado de São Paulo, é inaceitável que o governo federal, que detém a concessão, a regulação e a fiscalização, não tenha feito nada. Isso vem acontecendo desde novembro do ano passado”, afirmou.
Ele afirmou que recorreu às autoridades federais na tentativa de interromper a concessão, mas não obteve resposta. “Fui a Brasília pedir ao Ministro de Minas e Energia a rescisão do contrato, fui ao Tribunal de Contas da União pedir a rescisão, tive várias reuniões com o presidente da Aneel e infelizmente não houve providência. A Enel continua aqui atrapalhando a nossa cidade, não podemos mais permitir a Enel em São Paulo”, completou.
Questionados sobre ações para enfrentar o problema, os dois candidatos reforçaram a necessidade de cassação da concessão da Enel, mas também não mencionaram o aterramento dos fios na cidade, obrigatório desde 2005, conforme lei municipal sancionada pelo então prefeito José. Serra (PSDB).
O candidato do Psol afirmou que pretende reforçar as ações de poda e utilizar inovações tecnológicas, como o monitoramento via satélite da saúde das árvores. “E o terceiro é melhorar o serviço. Permitir que o pedido de poda também seja feito via app e com prazo máximo de um mês para resposta”, propôs.
O candidato do MDB rebateu os ataques de Boulos e reforçou a atuação da prefeitura nos últimos quatro anos. “É com trabalho que vamos resolver, só atacar não resolve nada. É uma questão de trabalhar e tirar a Enel daqui.”
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