O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentiu na manhã desta segunda-feira (16/10) informações divulgadas pela imprensa sobre a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para reduzir a dependência de empresas estatais. em relação ao orçamento federal.
Segundo Haddad, ao contrário do que foi noticiado, a reunião com a Febraban não incluirá discussões sobre tributação. “Se tem uma coisa que não está na agenda do presidente é esse assunto com a Febraban”, afirmou o ministro, explicando que o encontro foi solicitado pela própria Federação há algum tempo e tem como objetivo debater cenários econômicos, sem agenda específica sobre impostos. “O tema é o mesmo que norteou outras reuniões: fazer um balanço do que conseguimos até agora, as perspectivas e os pontos de alerta”, acrescentou, deixando claro que não há nenhuma proposta de tributação em discussão.
Outra informação negada por Haddad foi a suposta retirada de estatais do teto de gastos fiscais. O ministro explicou que o governo está, de facto, a explorar formas de reduzir a dependência de algumas empresas estatais do orçamento federal, incentivando-as a tornarem-se auto-suficientes. “O objetivo da medida é exatamente o oposto. É fazer com que a estatal deixe de depender de recursos orçamentários”, afirmou.
A proposta, segundo o responsável das Finanças, não impacta o quadro fiscal e visa garantir que estas empresas públicas possam sustentar-se sem necessidade de contribuições governamentais, o que teria sido mal interpretado em algumas reportagens.
O ministro reforçou ainda a necessidade de esclarecimento destas informações para evitar que rumores influenciem negativamente o mercado e os investidores. “É muito importante corrigir essas informações. Às vezes as pessoas agem com base em boatos e desperdiçam recursos apostando em coisas que não vão acontecer”, alertou.
Ainda em relação ao quadro fiscal, Haddad reafirmou que o governo está empenhado em manter a disciplina fiscal e garantir a estabilidade económica, sublinhando que calibrar a evolução dos gastos públicos será fundamental para o crescimento sustentável do país.
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