A Hyundai lançou o novo Creta 2025 no início de outubro e trouxe ao público uma novidade importante: o motor 1.6 TGDI acoplado à transmissão de dupla embreagem seca DCT (Dual Clutch Transmission). Porém, logo após seu lançamento, surgiram dúvidas quanto à confiabilidade deste sistema.
A montadora havia informado inicialmente que a transmissão estava banhada em óleo, mas, em uma correção, confirmou que se tratava de uma transmissão seca, o que atraiu comparações com transmissões problemáticas vistas no passado, como o PowerShift da Ford e o Volkswagen DSG.
O Creta 2025 use isso troca automatizada para o motor 1.6 turbo a gasolina com 193 cv e 27 kgfm de torque.
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A confirmação veio após questionamentos da Quatro Rodas, que consultou a fabricante sobre o câmbio. De acordo com Hyundaio Troca DCT seco Não compromete a durabilidade nem o funcionamento do carro, desde que seguidas corretamente a manutenção e o uso recomendado.
Em nota oficial, o Hyundai explicou que esse tipo de câmbio é muito utilizado em modelos de alta demanda, como o Elantra, Tucson e o Kona, vendido em mercados como Estados Unidos, Europa e Coreia, onde são reconhecidos pela sua confiabilidade.
O que é transmissão de dupla embreagem seca?
Uma transmissão automatizada de dupla embreagem usa dois conjuntos de embreagens para alternar entre as marchas de forma mais rápida e eficiente, comparável a um carro manual, mas com acionamento automatizado. Nesse sistema, uma embreagem é responsável pelas marchas ímpares e a outra pelas marchas pares e ré, o que garante mudanças rápidas e precisas.
No caso de mudanças a seco, as embreagens não ficam imersas em óleo, ao contrário dos sistemas de dupla embreagem banhados em óleo, utilizados por marcas como Ford, Renault, entre outras.
O sistema seco permite que o calor gerado seja dissipado com mais facilidade e elimina a necessidade de óleo, resultando em uma caixa de câmbio menor, mais leve e menos complexa. Isto também contribui para uma maior eficiência energética e menor consumo de combustível.
Shifters banhados a óleo
As caixas de câmbio com embreagem banhada em óleo oferecem maior suavidade na troca de marcha, pois o líquido ajuda a lubrificar e reduzir o atrito. Isto também pode contribuir para uma maior durabilidade do sistema, embora, por serem maiores e mais complexos, tendam a aumentar o peso do veículo e o consumo de combustível.
Esse tipo de caixa de câmbio é mais comum em carros de alto desempenho, como os modelos esportivos da Porsche, e em veículos maiores.
Caixa de câmbio seca, como a usada no novo Creta finalé menor, mais leve e permite melhor dissipação de calor. No entanto, os motoristas afirmam que suas desvantagens incluem maior ruído ao mudar de marcha e vibrações perceptíveis ao trafegar em superfícies irregulares, o que pode ser desconfortável para alguns motoristas.
Apesar das garantias da Hyundai sobre a confiabilidade do câmbio DCT a seco, muitos consumidores brasileiros ainda carregam o trauma de falhas ocorridas com transmissões automatizadas no passado, como no caso do PowerShift, que resultou em problemas crônicos e diversas ações judiciais, ou do DSG de Volkswagen, que teve falhas semelhantes.
A Hyundai está confiante, mas só o tempo dirá se o sistema realmente conseguirá enfrentar os desafios do mercado brasileiro e se a marca conseguirá tranquilizar os consumidores que ainda têm medo de repetir os problemas do passado.
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