O acidente doméstico do Presidente Lula liberta-o de estar em Kazan ao lado de aiatolás e Taliban, bem como de alguns líderes autoritários que agora se reúnem no BRICS expandido, para perseguir os Estados Unidos. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que chefia a delegação brasileira, disse que não haverá menção à Ucrânia. Claro. Na terra do agressor, falarão da vítima? Também não falarão das intenções da China em relação a Taiwan, da ocupação do Tibete, nem da decisão do Irão de extinguir o Estado de Israel, nem das proibições dos talibãs que impedem as mulheres de falar em público e de irem além do 6.º ano de escolaridade no Afeganistão. Ninguém se queixará do regime cubano nem pedirá a Maduro que aceite os resultados eleitorais e entregue o poder na Venezuela.
Na agenda, sim, substituir o dólar como moeda de troca internacional e criar uma alternativa ao acordo de Breton Woods, em que a maioria das nações do mundo criou o Banco de Reconstrução e Desenvolvimento, também chamado de Banco Mundial, o FMI para ajudar economias dos países signatários e exigem sanidade nas contas públicas e no GATT, o Acordo Tarifário Geral, que regula o comércio internacional. Os antiocidentais sugerem outros rumos, sob a liderança da China e com financiamento do banco comandado por Dilma, ali sediado. Ela sugeriu que o financiamento fosse em moeda local, mas não explicou como fazê-lo. Entretanto, o Irão quer impor o Islão ao mundo e já o está a fazer em relação à Europa.
O ex-presidente do Brasil partiu contra a posição da delegação brasileira. Ela quer aumentar o número de participantes do Brics. Cerca de 30 países, incluindo Cuba, Nicarágua e Venezuela, são pretendentes; falou em acolher mais países do que ela chama de “sul global”. O chanceler Mauro Vieira, um dia antes, havia manifestado a decisão brasileira de estabelecer critérios para adesões. E o que se sabe é que o Brasil pressiona para não aceitar a Nicarágua e a Venezuela. Não houve qualquer menção, claro, aos critérios de liberdade, livre iniciativa, direitos de propriedade, direitos humanos e democracia.
E o Brasil está aí, participando de tudo isso. A política externa de um país é a extensão da vontade nacional. E a vontade nacional brasileira não é nada disso. Se olharmos para a expressão disso na votação, podemos dizer que o país está dividido ao meio, com base nas eleições de há dois anos, mas está maioritariamente do lado do Ocidente e dos valores judaico-cristãos, nos mais recentes eleição. E a atual política externa brasileira contradiz esta expressão nacional. Além disso, a Constituição, no artigo 4º, diz que as nossas relações internacionais devem ser regidas pelo princípio, entre outros, do “repúdio ao terrorismo e ao racismo”. A nossa posição em relação a Israel viola este princípio.
O Brasil era conhecido por sua posição cautelosa e de equilíbrio em sua política externa. Pragmatismo sem ideologia. Agora parece que estamos fora de sintonia com a ideologia. Os brasileiros deram sangue na guerra contra os ditadores e agora estamos associados aos objetivos dos ditadores. Milei percebeu a vaga no protagonismo ocidental e já instruiu todo o seu corpo diplomático a não apoiar, no planeta, qualquer projeto, documento, resolução ou declaração que contrarie os valores fundamentais da vida, da liberdade e da propriedade; nada que desencoraje o crescimento e o rendimento, no espírito da Declaração dos Direitos Humanos que é a base da ONU.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
imagem de empréstimo
como conseguir crédito no picpay
picpay instalar
cred rápido
banco noverde
noverde whatsapp
siape consignação
bk bank telefone
apk picpay
consignado inss bancos
px significado