De volta ao trabalho no Palácio do Planalto após uma queda no último fim de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (25/10) da assinatura do acordo para renegociar a tragédia de Mariana, em Minas Gerais, que deixou 19 mortos em 2015 Na ocasião, ele falou da “irresponsabilidade” das mineradoras que cuidavam da Barragem de Fundão —Vale, Samarco e BHP— e cobrou explicações sobre a Fundação Renova, criada pelas empresas como fundo social para ações de reparação.
“Espero que as mineradoras tenham aprendido uma lição, teria sido muito mais barato ter evitado o que aconteceu. Infinitamente mais barato”, iniciou o petista. “Espero que seja útil para centenas de outros lixos que as empresas jogam nas barragens, nem sempre tão bem preparadas ou modernas, para evitar outro desastre como este. É importante que fique esta lição deste acordo”, acrescentou.
O presidente ressaltou que o acordo, que totaliza R$ 170 bilhões, foi um dos “maiores já feitos na história moderna do capitalismo”. Os novos recursos anunciados hoje são de R$ 132 bilhões, que serão divididos para políticas públicas e compensações individuais.
As empresas afirmam já ter usado R$ 38 bilhões para construir casas e pagar algumas indenizações, mas sem prestar contas. O chefe do Executivo cobrou respostas das empresas sobre o assunto.
“É importante lembrar que ainda não sabemos o que foi feito com a Fundação Renova, criada para cuidar disso. Ninguém sabe, o Ministério Público não sabe, isso é um facto. Foram gastos R$ 38 bilhões, mas não sabemos para onde foi e acho importante sabermos”, cobrou Lula.
“Nada trará a vida das pessoas de volta”
A Fundação Renova foi criada pelas empresas responsáveis pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro de 2015. Por meio dela, foram construídas casas para comunidades destruídas e pagas algumas indenizações, mas sem a devida transparência.
Lula afirmou ainda que o acordo foi possível dentro das condições, mas que “nada vai trazer de volta a vida das pessoas”. E disse que, a partir de agora, os ministérios precisam apresentar projetos para serem realizados na região e reparar os danos causados.
“Quantos anos serão necessários para que aquele rio [Doce] tornar-se saudável novamente? É um desafio que o MMA tem para apresentar um projeto. Cada centavo utilizado é visto como um investimento para recuperarmos o infortúnio que a irresponsabilidade das empresas causou. Um infortúnio que poderia ter sido evitado, mas não foi, por ganância, lucro”, concluiu o presidente.
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