Economistas do mercado financeiro revisaram suas expectativas para a inflação e o crescimento da economia brasileira em 2024. De acordo com os dados mais recentes do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (28/10), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA) deverá ultrapassar o teto da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5% no próximo ano.
A atual projeção dos especialistas aponta para uma inflação de 4,55%, marcando a quarta semana consecutiva de aumento nas estimativas para 2024. Este índice representa uma preocupação para a estabilidade económica, uma vez que, a confirmar-se, será o primeiro rompimento da meta desde 2022, quando o IPCA fechou em 5,79%.
Taxa Selic
Este cenário de pressão inflacionária gera apreensão, especialmente num contexto de políticas de juros elevados que, segundo os economistas, devem continuar ao longo de 2024.
A taxa Selic, que foi ajustada em setembro ao patamar atual de 10,75% ao ano, deverá atingir 11,75% até o final do ano, segundo projeções. Para 2025, porém, o mercado espera uma ligeira redução na taxa, com projeção de 11,25%.
Crescimento Econômico
Apesar das preocupações com a inflação e o aumento das taxas de juros, as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 mostram um ligeiro aumento, passando de 3,05% para 3,08%. Este aumento, embora modesto, reflecte o optimismo do mercado relativamente ao potencial de crescimento económico do país.
Para 2025, as projeções permaneceram estáveis, com alta de 1,93%, o que aponta expectativa de desaceleração no ritmo de crescimento no médio prazo.
O PIB, que mede a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é um indicador-chave para avaliar a saúde econômica do Brasil. A ligeira melhora na previsão pode estar associada a setores como o agronegócio e a indústria, que continuam impulsionando o crescimento, apesar das incertezas do cenário global e das políticas monetárias restritivas que impactam o crédito e o consumo.
Dólar
Outro ponto que preocupa o mercado é a volatilidade cambial. Para o final de 2024, a previsão do dólar subiu de R$ 5,42 para R$ 5,45. Esta variação reflete tanto o ambiente interno como as tensões no cenário internacional, onde a política monetária e as tensões geopolíticas dos Estados Unidos influenciam diretamente o comportamento das moedas emergentes. Para 2025, a expectativa permanece estável em R$ 5,40.
As projeções de inflação acima do teto da meta para 2024 e a manutenção de uma política de taxas de juros elevadas representam desafios adicionais para o país. Uma inflação mais elevada pode impactar diretamente no poder de compra da população, além de comprometer o crescimento sustentável no longo prazo. Por outro lado, o esforço para controlar a inflação, mantendo as taxas de juro elevadas, poderá limitar o acesso ao crédito e conter investimentos em sectores-chave da economia.
Enquanto o Banco Central e o governo brasileiro acompanham o cenário, especialistas alertam que a combinação de inflação e taxas de juros elevadas poderá manter o país num ambiente de crescimento económico moderado, embora com algumas oportunidades ocasionais de expansão. A estabilidade da taxa de câmbio, por sua vez, permanece desconhecida e dependerá da evolução das políticas económicas internas e externas.
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