O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, defendeu nesta segunda-feira (28/10) que o PT precisa fazer uma “avaliação profunda” após as eleições municipais deste ano.
Padilha esteve esta manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem analisou a disputa eleitoral e discutiu as prioridades do governo para o retorno das atividades no Congresso Nacional.
“Como membro do PT, deputado federal pelo PT, tenho absoluta certeza de que o PT vai, e tem que, fazer uma avaliação aprofundada desse debate sobre as eleições municipais”, disse Padilha aos jornalistas na porta de casa. o Palácio da Alvorada. Ele também minimizou o impacto da disputa nas eleições de 2026.
“Se tivesse (impacto), o presidente Lula nunca teria sido eleito, nem o PT seria o partido que, desde 1989, vence ou vai ao segundo turno em todas as eleições presidenciais. O PT é o campeão nacional das eleições presidenciais mas, na minha opinião, ainda não saiu do ‘Z4’ em que entrou em 2016”, acrescentou o ministro, em referência aos quatro últimos colocados do Campeonato Brasileiro.
Melhor diálogo com a classe média
Além de Padilha, Lula também recebeu a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que apresentou ao presidente um balanço do desempenho do partido. O partido considera que, além das 252 prefeituras que conquistou, também participou de 1.100 vitórias na coligação vencedora. Gleisi informou ainda a Lula que a Executiva Nacional do PT realiza uma reunião esta tarde para avaliar o desempenho nas urnas.
Para o ministro, o partido tem que melhorar o diálogo com a classe média. “Acho que o PT tem um debate a fazer com segmentos de trabalhadores que ganham de dois a 10 salários mínimos que, por algum motivo, na disputa municipal, não estão se sentindo representados”, avaliou.
Sobre o cenário geral das eleições, Padilha argumentou que houve um enorme impacto para o setor público na disputa, como evidenciado pelo alto índice de reeleições. Ele também atribuiu esse investimento ao governo federal, que transferiu R$ 67 bilhões diretamente para os cofres dos municípios, e à liberação de emendas parlamentares.
“Houve um tsunami de reeleição no país, a taxa de reeleição do país foi de 82%. É a taxa mais alta da história. O mais próximo disso foi durante a pandemia, 20 pontos percentuais a menos, cerca de 63%, 64% em 2020 durante a pandemia, que foi uma situação muito específica”, declarou o ministro.
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