Em comemoração especial aos 60 anos, o pianista e compositor Antônio Carlos Bigonha se apresentará no palco do Clube do Choro nesta quarta-feira, às 20h30. Acompanhado por Márcio Bigonha, Gabriel Soledade, Roberto Bigonha e Orquestra de Cordas Tocata, Antônio revisita seus maiores sucessos e relembra suas duas décadas de carreira. O Correio entrevistou o músico.
A comemoração dos seus 60 anos acontece no Clube do Choro, amanhã. O que isso representa para você considerando sua trajetória musical e sua ligação com Brasília desde a década de 1970?
Estou muito feliz. Este show representa a consolidação de uma trajetória musical em Brasília que já dura duas décadas, período em que gravei quatro discos. Sou mineiro de Ubá e vim para Brasília aos 12 anos, então minha formação musical se consolidou aqui, na Escola de Música de Brasília e no Conservatório Lorenzo Fernandes e, posteriormente, na UnB. Acredito que a minha geração é muito marcada pela construção da capital, pela força da arquitetura de Oscar Niemeyer e do urbanismo de Lucio Costa. E, certamente, essa influência transparece nas minhas composições.
As composições de seus álbuns exploram uma rica diversidade de temas e sentimentos. Como surgem as inspirações para compor, principalmente para peças que exploram emoções tão distintas como as encontradas em Urubupeba e Saudades de Ajante?
Sou pianista de formação clássica, frequentei o conservatório, mas a força da música brasileira sempre foi muito intensa em mim, samba, choro, baião. Então trouxe os ritmos do Brasil de dentro da valsa europeia, acentuando a síncope, buscando o swing do nosso povo. E sempre tive muita preocupação em passar uma mensagem melódica clara, muito influenciada pela música de cinema. Nesse sentido, Antonio Carlos Jobim e Bossa Nova são duas fontes muito notáveis. Procuro inspiração no dia a dia, em acontecimentos aparentemente banais que às vezes despertam em nós sentimentos intensos. Urubupeba e Saudades de Amanhã foram arranjados pelo brilhante maestro, compositor, cantor e violonista Dori Caymmi e buscam recuperar as texturas musicais de Tom Jobim, mas sob perspectivas bem diferentes. Missing Tomorrow foi concebido no contexto da pandemia e acredito que retrata bem a contradição daquela época, em que nos deparávamos com um futuro sombrio. Perdemos nossos sonhos, um amanhã livre de tantos perigos. Felizmente, esse susto passou.
Você estará acompanhado de familiares, como Márcio e Roberto Bigonha. Como é dividir o palco com eles e como a presença da sua família influenciou ou moldou a sua carreira musical?
Estarei com meus filhos Roberto, Márcio e Antônio, que tocarão uma música que compus para Márcia, minha esposa, mãe deles. É uma emoção muito grande, porque parece que foi ontem que os trouxe da maternidade. A música sempre foi muito forte em nossa família. Minha mãe, Helena, foi minha professora de piano e também dos meus três filhos. Então nossas vidas sempre foram permeadas por muita música, por uma trilha sonora autêntica. E teremos a Orquestra de Cordas Tocatta para executar os lindos arranjos de Dori. E uma participação especial do Reco do Bandolim.
Ao revisitar composições de duas décadas de sua carreira, que legado você espera deixar na música instrumental brasileira e qual você acredita que será o próximo capítulo de sua jornada musical?
Eu realmente acredito na força da mensagem melódica dessas músicas. E presto atenção na harmonia e no ritmo da música brasileira. A música instrumental possui uma universalidade muito poderosa, capaz de romper fronteiras e influenciar diferentes culturas. E tenho como exemplo a coerência do Dori Caymmi, a sua preocupação em ser um guardião dessa tradição. É uma honra fazer uma retrospectiva ao lado do grande músico e amigo Jorge Helder, nosso maestro da noite.
Serviço:
Espetáculo Antônio Carlos Bigonha
No Clube do Choro, quarta-feira (30/10), às 20h30
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