O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, criticou o fato de o governo federal ter elaborado a proposta de emenda à Constituição da Segurança (PEC) sem ter consultado os secretários estaduais da área. O projeto será apresentado, nesta quinta-feira, em reunião entre governadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.
“Não conheço esse texto e nenhum secretário de segurança pública do Brasil conhece. Acho que deveria ter havido uma discussão antes da apresentação dessa emenda”, disse ele às jornalistas Denise Rothenburg e Adriana Bernardes, no programa CB.Powerparceria entre o Correspondência e TV Brasília.
Segundo Avelar, “estando aqui em Brasília e representando o Consesp, que representa todos os secretários de segurança pública do Brasil, já deveria ter ocorrido uma reunião aberta e transparente”. “A segurança pública deve ser tratada com transparência. Acho inconcebível tratar da segurança pública sem ouvir os operadores de segurança pública”, reiterou.
A PEC, elaborada pelo Ministério da Justiça, visa incluir o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) na Constituição Federal. A medida busca autorizar o governo federal a definir diretrizes gerais que devem ser seguidas pelos estados e municípios, abrangendo tanto a segurança pública quanto a gestão do sistema prisional. Atualmente, a maior parte da responsabilidade pela segurança pública é dos estados, mas a PEC pretende ampliar o papel da União nessa área, centralizando ainda mais o planejamento e a coordenação das ações de combate ao crime.
Aplicativo
Avelar destacou que o Susp já existe como conceito, mas enfrenta dificuldades pela falta de instrumentos legais e operacionais que garantam sua aplicação prática. A inclusão do sistema na Constituição, segundo ele, é vista como uma tentativa de superar essas barreiras e garantir maior integração entre as esferas federal, estadual e municipal na implementação de políticas de segurança e administração penitenciária.
“O Sistema Único de Segurança Pública já existe, mas agora precisa implementar fórmulas, ferramentas e políticas que façam jus ao seu nome. Por já existir, precisamos agora encontrar formas de viabilizá-lo e aplicá-lo em todo o país”, disse. estressado. “É preciso debate. Como podemos unificar a segurança pública sem conversar com os estados? Espero que, a partir de amanhã, possamos participar desse processo.”
Ele afirmou ainda que espera ter a oportunidade de analisar com maior profundidade o texto final da PEC, a ser apresentado oficialmente após a reunião com os governadores. Avelar destacou a diversidade de opiniões presentes entre os membros da associação de secretários de segurança pública, formada por representantes de todos os estados e com diferentes linhas políticas e diferentes partidos.
Contudo, Avelar disse que, apesar das diferenças ideológicas, a prioridade comum a todos é proteger a população e garantir a segurança pública de forma eficaz e integrada. Segundo ele, a união de esforços entre os governos estadual e federal é fundamental para enfrentar os desafios da área e construir soluções que tragam resultados duradouros para a população. Para conseguir isso, enfatizou, são necessários diálogo e transparência.
“A partir de amanhã (nesta quinta-feira), quando tomarmos conhecimento do texto, vamos analisá-lo e tratar as coisas com a seriedade que o assunto merece e sem viés partidário. Segurança, todos estão nos respetivos partidos, mas não há secretário que não tenha o mesmo objetivo: reduzir a criminalidade. Não há cor partidária na segurança pública”, sustentou.
8 de janeiro
Avelar também comentou sobre a segurança em Brasília após os ataques golpistas de 8 de janeiro. Ele enfatizou que ataques semelhantes nunca mais se repetirão e que, desde então, a estratégia de segurança pública no Distrito Federal foi completamente revista.
As falhas identificadas durante os ataques, segundo ele, levaram à reformulação dos protocolos de prevenção e resposta, com o objectivo de melhorar a capacidade de reacção das forças de segurança. A nova abordagem envolve tanto uma maior monitorização de manifestações e eventos de risco como o reforço da integração entre os diferentes órgãos de segurança.
“Sempre fazemos reuniões. Temos uma subsecretaria de operações integradas que se reúne com todos os órgãos que têm algum tipo de participação em qualquer grande evento, seja uma grande manifestação, um jogo de futebol, um grande concerto.”
Para 2025 no DF, o secretário informou que o principal objetivo será reduzir o sentimento de insegurança da população, com foco nas áreas periféricas. O plano do GDF prevê a instalação de câmeras em totens de quatro metros de altura em todas as regiões administrativas até o final do mandato do governador Ibaneis Rocha (MDB).
*Estagiário sob supervisão de Cida Barbosa
imagem de empréstimo
como conseguir crédito no picpay
picpay instalar
cred rápido
banco noverde
noverde whatsapp
siape consignação
bk bank telefone
apk picpay
consignado inss bancos
px significado