Uma tragédia semelhante não era registada em Espanha desde 1996. A dimensão pôde ser vista nas redes sociais. Desesperados, familiares de moradores da região de Valência (sudeste da Espanha) procuraram notícias e relataram desaparecimentos. A força da chuva arrastou e amontoou carros nas ruas, isolou municípios e danificou estradas. Noventa e cinco corpos foram recuperados, mas não se pode descartar um aumento no número de mortos. Em apenas algumas horas, caiu a chuva equivalente a um ano inteiro, segundo a agência meteorológica estadual Aemet, que citou “acumulações extraordinárias” de chuva, com alguns municípios recebendo 300 mm de água por metro quadrado.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitará hoje as áreas afetadas e prometeu aos residentes: “Não os deixaremos em paz”. O governo declarou três dias de luto oficial. Os transportes ferroviários e aéreos na região continuam suspensos e o comboio de alta velocidade entre Madrid e Valência só deverá retomar as operações na próxima semana. O presidente da região de Valência, Carlos Manzón reconheceu a magnitude da tragédia: “Estamos perante uma situação sem precedentes, da qual ninguém tem memória”. Numa mensagem enviada das Ilhas Canárias, o rei Felipe VI expressou a sua “tristeza por tantas perdas de vidas humanas”.
Moradora de Picanya, a 34 km de Valência, a professora María José Barrera Sánchez, 56 anos, disse ao Correio que viveu momentos de terror, por volta das 17h de terça-feira (13h em Brasília). “Houve uma queda no barranco, que me impediu de voltar para casa, que fica perto do rio. Minha filha de 13 anos e minha mãe de 93 anos ficaram na propriedade. para correr para o centro de Valência, onde tentei falar com minha filha ao telefone, tentei dar instruções para que, se a água chegasse ao primeiro andar, eles subissem para o segundo andar. deixada no chão, sem atendimento médico, com água a dois metros de distância. Ela fraturou seis costelas, mas está viva”, relatou.
Depois de deixar o carro em Valência, María caminhou cerca de seis quilómetros até Picanya. “A paisagem era desoladora. Como se fosse uma cidade fantasma. Carros amontoados, árvores e cabos jogados nas ruas. Foi horrível. As pessoas tiravam lama de suas casas. Ficamos sem água e luz”, acrescentou a professora. . Para ela, as dimensões da catástrofe só serão conhecidas depois de alguns dias. “Há muitos cadáveres. Não recebemos nenhum aviso de nada. A subida da água foi muito rápida e brutal. Foi questão de meia hora ou uma hora. As pessoas abandonaram os seus empregos e não conseguiram regressar a casa”, acrescentou. .
Em Sedavi, a 6 km de Picanya, Nicole Montoya, 19 anos, disse ao Correspondência que, na manhã desta terça-feira (29), foram registrados ventos muito fortes na região. “Eu e minha mãe estávamos na cidade de Sueca. Quando voltamos, passamos por momentos angustiantes. Embarcamos no ônibus às 20h e, se tivéssemos que esperar mais 15 minutos, provavelmente teríamos morrido com as enchentes. no ônibus, ouvimos o alarme da Defesa Civil tocando em todos os celulares. A casa da minha avó ficou com o primeiro andar inteiro inundado”, relatou.
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