quem é J.D. Vance, vice de Trump?

O republicano James David Vance, conhecido como “JD Vance”, será o terceiro homem mais jovem a ocupar o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos, aos 39 anos. Na manhã desta quarta-feira (11/6), ele e Trump ultrapassaram o número necessário de 270 delegados e venceram a eleição contra a democrata Kamala Harris, em uma das eleições mais imprevisíveis da história, segundo projeções da CNN e do The New York Times.

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James David Bowman, conforme registrado, é de Middletown, Ohio. JD vem de uma família branca da classe trabalhadora, predominantemente de ascendência escocesa e irlandesa. Ele foi criado pelos avós maternos na próspera região mineradora de carvão dos Apalaches, que atualmente está entre as mais empobrecidas do país.

Formado em direito pela Universidade de Yale, ele se envolveu na política em 2018, tentando garantir uma vaga no Senado. No entanto, seu sucesso nessa empreitada só veio três anos depois. Escolhido por Trump como seu candidato à vice-presidência, o republicano passou a ser a representação da chamada “nova direita” americana.

Vance partilha as opiniões de Trump sobre questões como a imigração ilegal e a gestão económica. No entanto, adopta posições mais extremas em relação ao aborto e opõe-se veementemente às iniciativas dos Estados Unidos para apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia.

Vance serviu na Marinha dos Estados Unidos por quatro anos, servindo no Iraque antes de frequentar a Ohio State University, onde se formou em Ciência Política e Filosofia. Ele também é o autor da aclamada autobiografia “Hillbilly Elegy”, que alguns críticos consideram uma interpretação muitas vezes ignorada da classe trabalhadora branca conservadora.

Amor e ódio

Vance, um ex-crítico ferrenho de Donald Trump. Durante os anos em que Trump esteve no comando da Casa Branca (2017-2021), chegou a dizer que era “um sujeito que nunca estará a favor de Trump”, descreveu o seu agora aliado como “prejudicial” e “idiota” e admitiu o medo de que ele pudesse ser o “Hitler da América”.

No entanto, JD mudou de ideia. O amor floresceu após sua eleição para o Senado, representando o estado de Ohio, em 2022. Conquista possível graças ao apoio do magnata republicano à sua candidatura. Ele até se desculpou por descrevê-lo anteriormente como “repreensível”. Além de repetir as denúncias do presidente sobre fraudes nas eleições de 2020.