O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região anunciou que fechou acordo salarial e de benefícios com a Toyota para os trabalhadores da fábrica de Indaiatuba, em São Paulo. A fábrica será fechada pela montadora até 2026 e a produção do Corolla será transferida para a fábrica de Sorocaba, também no interior de São Paulo.
Acordo para mudança de localização na fábrica da Toyota abrange todos os trabalhadores
Inicialmente, o sindicato não considerou positiva a mudança de local e tentou evitar o fechamento do complexo de Indaiatuba. Após dois meses, os operários da fábrica concordaram com a troca desde que houvesse aumento salarial para quem aderiu ao Programa de Demissão Voluntária (PDV).
Por lei, a empresa realiza o PDV para quem não quer se mudar, oferecendo 30 salários nominais e mais um para cada ano trabalhado. O sindicato rejeitou a proposta e negociou preços melhores. Assim, a Toyota ofereceu 35 salários, porém a entidade representativa dos trabalhadores solicitou 40 salários, conforme recomendação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Ao final das negociações, o pacote foi aumentado para 45 salários nominais, mais dois por ano trabalhado. Os funcionários terão estabilidade no emprego até julho de 2026 – cinco meses antes do término do processo de transferência de fábrica da Toyota –, com plano de saúde e Cartão Cesta por 46 meses a partir da data do desligamento.
Os trabalhadores que optarem por continuar na fábrica de Sorocaba terão emprego garantido até julho de 2029. Se quiserem continuar em Indaiatuba, receberão dois salários mais R$ 15 mil, enquanto aqueles que concordarem em se mudar para outra cidade receberão mais 2,4 salários . Há também uma cláusula de arrependimento, que dá ao colaborador um prazo de sete meses para mudar de ideia e pedir demissão, recebendo o mesmo pacote negociado, descontados os valores recebidos na transferência.
Além disso, há também a possibilidade de resgate de até R$ 50 mil do Toyota Previ, plano de previdência da empresa, e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2024, no valor de R$ 21 mil. Porém, colaboradores em cargos executivos (a partir de gestores), aprendizes, estagiários, expatriados e colaboradores com processos judiciais em andamento não poderão receber o pacote PDV.
Com acordo, Toyota pode continuar produção na fábrica
Máquinas começarão a ser transportadas para Sorocaba
Foto: Toyota/Divulgação
Após o fim das negociações, a montadora japonesa transferirá o maquinário para Sorocaba e retornará à produção em Indaiatuba. A greve afetou a mudança e a fábrica de motores em Porto Feliz (SP), já que a fábrica de Indaiatuba é responsável pela produção de componentes para a linha Corolla Cross e Yaris.
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