O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois níveis de alerta para chuvas intensas em quase todo o país nos próximos dias.
No nível mais alto de perigo, as precipitações devem ficar entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia e ventos intensos (60-100 km/h). Os estados afetados serão Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia, Pará e Amazonas, além do Distrito Federal.
Além dessas unidades da Federação, há também um alerta de perigo potencial que passa por todas as regiões brasileiras. A expectativa é de chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia com ventos intensos (40-60 km/h). Nestes locais há baixo risco de cortes de energia elétrica, queda de galhos de árvores, inundações e descargas elétricas.
Áreas de risco
O coordenador geral de operações e modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Seluchi, disse que a preocupação do Cemaden, que tem foco em desastres e prevenção, está na região Sudeste. “Hoje (11/07) e amanhã muito mais em São Paulo, principalmente na zona leste do estado, que é uma área onde há mais vulnerabilidade social, mais pessoas morando em áreas de risco”, alertou.
Para o fim de semana, a preocupação se estende ao Rio de Janeiro, que também tem muita gente em áreas de risco. “A região metropolitana do Rio de Janeiro, o litoral, a região serrana e também Minas Gerais no centro-sul e leste, que inclui a capital e cidades históricas. nos últimos dias”, destacou.
O Cemaden não descarta chuvas acima de 100 mm em algumas regiões. Além disso, Seluchi afirmou que é pouco provável que essa frente fria, que começa hoje (7) em São Paulo, cause granizo no estado, podendo ocorrer no interior de Minas Gerais. “Acho que há chances de ter algumas tempestades localizadas no interior do Brasil. Acho muito difícil ter granizo em São Paulo, no Rio de Janeiro. Em Minas Gerais não podemos descartar, mas acho que seria uma coisa pontual, mais no interior onde a temperatura será mais elevada”, disse o coordenador.
Chuvas pré-verão
Andrea Ramos, meteorologista do Climatempo, explica que o mês de novembro é um período de transição entre a primavera e o verão e, devido ao calor e à umidade, formam-se nuvens com pancadas de chuva, trovoadas, rajadas de vento e granizo, em áreas isoladas.
“Apesar de Novembro seguir a tendência da Primavera, que é uma estação de transição, isso significa que o início é quente e seco, e, à medida que a estação se desenvolve e avança para o Verão, começa a ficar mais chuvoso”, disse.
Ramos afirmou ainda que novembro deverá ficar acima da média em chuvas, assim como outubro. “Em novembro também tem essa pegada, principalmente porque a climatologia é alta, então as acumulações podem ficar acima de 20 milímetros, como acumulações horárias, ou até acima de 50 milímetros, na acumulação diária. nessa faixa de 40 km a 60 km”, disse.
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