O homem-bomba de 59 anos que cometeu atentado em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de quarta-feira (13/11), Francisco Wanderley Luiz, recebeu 98 (0,29%) votos na disputa eleitoral para vereador em 2020. Tiü França — nome usado por Francisco nas urnas — concorreu ao PL na cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina.
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Durante a campanha daquele ano, Tiü não teve recursos do fundo do partido PL. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)teve apenas um doador individual, que contribuiu com R$ 500 para sua candidatura à Câmara Municipal. O nome da contribuinte que consta no site do tribunal é Maria da Graça Silva Luciano.
A lista de bens declarados ao TSE por Tiü inclui quatro veículos e um prédio residencial de dois andares. Entre os veículos, um Honda XRE 2010, no valor de R$ 8 mil; um modelo Subaru SVX 1991, avaliado em R$ 30 mil; além de um Mitsubishi COLT 1995, no valor de R$ 10 mil; e uma Van GM Spece, ano 1998, avaliada em R$ 15 mil. No total, as mercadorias têm valor de R$ 263 mil.
Perfil político
Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Francisco Wanderley Luiz concorreu a vereador antes que o então presidente da república se tornasse seu apoiador. Bolsonaro só aderiu ao PL em 2021.
Tiü levantou bandeiras extremistas de destruição de instituições democráticas como o Supremo Tribunal Federal (STF). No ataque de quarta-feira, o homem-bomba tinha como alvo o ministro Alexandre de Moraes, segundo investigações iniciais da Polícia Federal (PF).
No Distrito Federal, Tiü França morava em uma casa alugada, na região administrativa de Ceilândia. O Correio foi até a casa do homem-bomba e encontrou no espelho do banheiro mensagens incentivando ataques extremistas ao STF escritas por ele.
“Débora Rodrigues, por favor, não desperdice batom!!! Isso é para deixar as mulheres bonitas!!! Estátuas de merda usam TNT.” A referência à citada mulher se deve ao fato de ela ter escrito “perdeu mané” no estátua da Justiça em frente ao STF durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro do ano passado.
Débora foi alvo da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, em março de 2023. A frase “perdeu, mané” remonta a uma declaração do ministro Luís Roberto Barroso, em 15 de novembro de 2022, quando, ao ser questionado por um homem sobre as Forças Armadas e o código-fonte das urnas, respondeu: “Você perdeu, cara, não se preocupe”.
Nas redes sociais, Francisco Wanderley postou uma foto dentro do STF, tirada em agosto, com a legenda: “Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)”. Na publicação, ele exibiu uma conversa consigo mesmo no WhatsApp, onde afirmava estar dentro do STF.
Digitalizar
Celina Leão, governadora em exercício do Distrito Federal, comentou a atuação da Polícia Militar do DF para evitar explosões de possíveis novos artefatos. Algumas delas foram detonadas nesta quinta-feira pela equipe de segurança.
O cargo de governador do DF é ocupado pela vice Celina Leão porque o governador Ibaneis Rocha está afastado. Celina participou do CB.Poder Especial nesta quinta e deu informações sobre a investigação do atentado
“Várias medidas já foram tomadas. Abrimos o batalhão dos Três Poderes e a determinação do governador é construir outro batalhão”, disse. Atualmente, o batalhão conta com 500 homens ativos. O entrevista completa pode ser acessado abaixo:
Entenda o caso
Pelo menos duas explosões foram ouvidas na noite de quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, no centro de Brasília. Uma delas aconteceu em frente à estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal. O local foi interditado pela Polícia Militar e seguranças do STF.
Um homem morreu em frente ao Supremo Tribunal. Seu nome é Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, natural de Santa Catarina, e é apontado como autor do ataque ao Supremo. Francisco foi candidato a vereador em 2020 pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito. Em suas redes sociais, ele postou uma foto dentro do STF, tirada em agosto, com a legenda: “Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)”. Na publicação, ele exibiu uma conversa consigo mesmo no WhatsApp, onde afirmava estar dentro do STF.
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Francisco deixou uma frase no espelho do quarto da casa que alugou, na QNN 7, em Ceilândia, indicando que o ataque ao STF foi premeditado.
O relatório do Correspondência entrou no imóvel e, no espelho do quarto, encontrou a mensagem: “Débora Rodrigues, por favor, não desperdice batom!!! Isso é para deixar as mulheres lindas!!! Estátua de merda se você usar TNT.” A referência à citada mulher se deve ao fato de ela ter escrito “perdeu mané” na estátua da Justiça em frente ao STF durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro do ano passado.
Cenas do ataque
Vídeos obtidos por Correspondência também mostram fumaça e vários sons de explosão em uma área normalmente movimentada entre a sede do Tribunal e a Câmara dos Deputados. Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil foram deslocadas para a região e fecharam a área para varredura.
Veja o trabalho da polícia no local:
Ministros da segurança
O Supremo Tribunal Federal (STF) informou, em nota, que o Tribunal foi evacuado assim que foram ouvidas as explosões ocorridas na noite de quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes. Conforme noticiado pelo STF, os ministros foram retirados do prédio com segurança.
“Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), foram ouvidos dois estrondos e os ministros foram retirados com segurança do prédio. Servidores e funcionários do prédio-sede foram retirados como medida de precaução. para o desenrolar dos acontecimentos o STF Segurança colabora com as autoridades policiais do DF”, afirma a nota.
Veja o relato de uma testemunha:
Veja a nota completa da Câmara Legislativa do Distrito Federal
É com profundo pesar e preocupação que a Câmara Legislativa do Distrito Federal acompanha, desde o momento em que ocorreu, o ataque de ontem na Praça dos Três Poderes, que infelizmente culminou na morte de um cidadão brasileiro.
A Câmara segue firme no seu propósito e na sua obrigação constitucional de acompanhar as atividades desenvolvidas pelo Executivo, informando que continuaremos atentos e trabalhando em parceria com os órgãos envolvidos.
Acreditamos na capacidade, dedicação e competência das forças de segurança do DF para elucidar detalhadamente tudo o que aconteceu e as circunstâncias que antecederam aquele fatídico ato.
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