A necessidade de alterar o horário de trabalho dos brasileiros também repercute entre os ministros do Governo Lula. O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, mudou de tom ao declarar que vê com “muita simpatia” a proposta que acaba com a escala de seis dias de trabalho por um dia de descanso.
No início da semana, em nota, o ministério havia defendido que o assunto fosse tratado por meio de acordos coletivos entre empregadores e empregados, modelo de negociação que enfrenta desafios e é alvo de críticas. Agora, Marinho parece ter tentado uma mudança de discurso. “Sou totalmente a favor de encerrar essa jornada de trabalho, que poderia ser com uma PEC (proposta de emenda à Constituição), mas com responsabilidade”, disse.
Durante visita à Câmara do Trabalho e Assuntos Sindicais da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fesaúde/SP), Marinho destacou que “a jornada de trabalho de 44 horas é perversa e cruel para os trabalhadores, principalmente às mulheres.” O chefe do departamento defendeu “a necessidade de reforçar a negociação colectiva” entre sindicatos e trabalhadores de sectores que funcionam 24 horas por dia, como é o caso da saúde.
A repercussão do tema chegou também ao G20 Social, evento paralelo que antecede a Cúpula do G20 —um encontro de líderes das 19 principais economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana, que acontece no Rio de Janeiro.
A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, manifestou apoio à PEC em sua participação na última quinta-feira. Ela defendeu a maturidade do debate e afirmou que a redução da jornada semanal de trabalho é uma medida que beneficia especialmente as mulheres.
O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, evitou dizer que o “debate está no Congresso Nacional, ainda não foi discutido no núcleo do governo”. Ele foi questionado sobre o tema na Sociedade Civil 20 (C20), um dos principais braços sociais do G20, que visa garantir que os líderes mundiais estejam atentos às recomendações e demandas da sociedade civil organizada.
Na defensiva, Macêdo ainda tentou dissociar a posição do governo federal das declarações do ministro do Trabalho. “O ministro Marinho já se pronunciou em seu ambiente, mas ainda não foi discutido. Vamos aguardar o posicionamento que o Congresso irá encaminhar para que possamos discutir isso no seio do governo”, afirmou.
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