A liderança petista classificou a tentativa de ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF) com bombas como um episódio de terror. Afirmou ainda que o caso mostra que a extrema direita representa um risco para a democracia e para o país. As declarações constam de nota da Executiva Nacional do partido divulgada ontem.
“O novo ataque ao STF, esta semana, confirma dramaticamente os riscos que a extrema direita, seus métodos violentos e seus discursos de ódio e mentiras representam, em escala crescente, para a democracia e para o país. que os líderes políticos e ideológicos dos extremistas pretendem falsificar. O novo episódio de terror está ligado à espiral de violência que incitam de forma coordenada e sistemática”, afirma a direção petista.
A nota cita a tentativa de explodir um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília, no final de 2022. O partido pede punição aos organizadores, mandantes e financiadores dos atentados, sob o argumento de que se trata de uma medida essencial “para conter a audácia de extrema direita e evitar novos episódios e até mesmo uma escalada de terror e violência”.
No campo político oposto, e em reação ao que considera uma tentativa de associar o ataque ao STF a Bolsonaro e à direita brasileira, o PL também divulgou um comunicado tentando desligar o ex-presidente e o partido do episódio. O partido afirma que isso seria uma tentativa de manipular uma tragédia para fins políticos e um ataque ao projeto de lei que tenta anistiar os condenados pela tentativa de golpe de Estado dos bolsonaristas, em 8 de janeiro de 2023.
“Essa tentativa de manipulação revela não apenas uma distorção inaceitável dos fatos, mas também o propósito malicioso de dificultar o andamento do Projeto de Lei da Anistia, passo essencial para a pacificação nacional e o restabelecimento da normalidade institucional”, diz trecho da nota divulgada por o secretário de Relações Institucionais do PL, deputado Eduardo Bolsonaro (SP).
A nota afirma que o incidente foi um ato de suicídio de Francisco Wanderley Luiz e “não uma tentativa de ataque aos Poderes Constituídos”. Esta versão não é corroborada pelas autoridades, que classificam o incidente de quarta-feira à noite como um ataque terrorista e um ataque ao Estado Democrático de Direito.
Segundo a nota do PL, Francisco Wanderley demonstrou em suas redes sociais seu repúdio tanto a Bolsonaro quanto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de “profunda insatisfação com a polarização política”. Além disso, considera que o alegado aproveitamento político da tragédia é um “ato de desonestidade” e reflete “falência moral”.
Para o PL, “a sociedade brasileira merece um debate verdadeiro, justo e baseado na realidade dos fatos”, e que, em tempos de crise, a verdade deve sempre prevalecer sobre “interesses políticos mesquinhos e divisivos”.
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