Maioria dos brasileiros aponta biocombustível como novo motor de crescimento

A pesquisa sem precedentes Combustível e energia sustentáveis: a visão dos brasileirosrealizado pela Nexus para a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, mostrou uma inclinação positiva da população brasileira em relação aos biocombustíveis. Segundo o relatório, 69% dos brasileiros acreditam que o aumento da produção de combustíveis está ligado ao crescimento econômico do país.

Segundo a pesquisa, porém, 66% dos entrevistados ainda abastecem seus veículos com gasolina ou diesel, mesmo apoiando a nova indústria. Apenas 29% dos brasileiros afirmam usar o etanol como principal combustível. Em relação aos combustíveis limpos, 77% acreditam que os carros elétricos são a melhor medida, seguidos pelo etanol (40%) e pelo GNV (33%).

Em outubro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei dos Combustíveis do Futuro, que permite aumentar os limites para mistura de etanol e biodiesel com gasolina, além de criar programas de incentivo à pesquisa, produção, comercialização e uso. de biocombustíveis. A pesquisa mostra que mais da metade dos brasileiros (51%) não conhece a mistura.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a nova Lei dos Combustíveis do Futuro faz parte da agenda climática com a qual o Brasil se comprometeu. “Para o Brasil, que tem compromissos internacionais de redução de emissões, a adoção de biocombustíveis representa um passo importante para o cumprimento das metas ambientais”, afirma.

Além dos benefícios climáticos, o ministro também apontou o crescimento económico como uma grande parte do processo de produção do combustível verde. “Envolve não apenas o cultivo de cana-de-açúcar, milho ou soja, mas uma extensa cadeia produtiva que abrange pequenos e grandes produtores, transporte, produção e comercialização. Além disso, o aumento da demanda por biocombustíveis aumenta o valor das commodities agrícolas, o que fortalece a balança comercial do Brasil e aumenta a arrecadação de impostos”, acrescenta o ministro.