policial morre e manifestantes tomam capital em apoio a ex-premiê

Um policial morreu e outros ficaram feridos durante protestos no Paquistão. A mobilização realizada por apoiadores do ex-primeiro-ministro Imran Khan começou no domingo (24/11), com comboios saindo de diversos pontos do país em direção à capital Islamabad. Na tarde desta segunda-feira (25/11), os primeiros grupos entraram na cidade do nordeste do território paquistanês.

O destino final dos manifestantes é D-Chowk, uma praça no centro da capital localizada perto dos edifícios do governo, do Supremo Tribunal e do parlamento. A capital paquistanesa continua em alerta, com as forças de segurança reforçadas, os serviços de Internet suspensos e as instituições de ensino paralisadas.

As manifestações exigem, além da libertação de Imran Khan, preso desde agosto de 2023, a renúncia do atual governo e a libertação de outras figuras consideradas presas políticas pelo PTI, partido de Khan. Nas redes sociais, o perfil do ex-primeiro-ministro tem pedido e divulgado o ato.

“Apelo à nação paquistanesa para que este seja o momento, não apenas de se assumir no dia 24 de novembro, mas de cada indivíduo assumir a responsabilidade de lançar um movimento de mobilização em massa”, diz uma postagem feita na semana passada.

Bushra Bibi, esposa de Imran Khan, é uma das líderes dos protestos. Em Janeiro deste ano, ela e o marido foram condenados a 14 anos de prisão por venderem ilegalmente presentes do Estado, mas ela foi libertada sob fiança em Outubro. Este é apenas um dos casos contra Khan, que já foi acusado de revelar segredos de Estado e enfrenta mais casos que vão desde corrupção a casamento ilegal.

O ex-primeiro-ministro foi afastado do governo no final de 2022 pelo parlamento paquistanês e é inelegível. O PTI, partido do político, foi proibido de concorrer nas eleições parlamentares, realizadas em fevereiro, mas apoiou candidatos independentes e conseguiu ocupar a maioria entre as cadeiras, mas não o suficiente para formar governo. Imran Khan e o seu partido acusam os actuais líderes do país de fraudarem as eleições.