Após críticas geradas por declarações relacionadas ao acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, o Carrefour emitiu um comunicado reforçando seu compromisso com a agricultura brasileira. A nota foi divulgada para esclarecer mal-entendidos que surgiram após a empresa manifestar apoio à agricultura francesa, o que levantou preocupações no Brasil sobre um possível enfraquecimento da parceria com produtores locais.
Segundo o Carrefour, a posição de comprar carne francesa no mercado europeu não significa desvalorização da produção brasileira. Pelo contrário, o grupo reafirmou a sua relação histórica com a agricultura no Brasil, país onde a rede opera há quase cinco décadas. “Compramos quase toda a nossa carne brasileira no Brasil e continuaremos a fazê-lo”, afirma o comunicado, destacando que os valores de parceria e apoio aos produtores locais permanecem inalterados.
A polêmica surgiu depois que o Carrefour França declarou seu compromisso com a compra de carne francesa para fortalecer a sustentabilidade do mercado local, que enfrenta uma crise. Esta afirmação foi interpretada por alguns como uma crítica velada à carne brasileira, que muitas vezes enfrenta desafios de imagem no mercado europeu devido a questões ambientais e padrões de produção.
Na nota, o grupo também manifesta o orgulho de ser “o primeiro parceiro histórico e fomentador da agricultura brasileira” e destaca o alto padrão de qualidade da carne produzida no país. O Carrefour afirma ainda que continuará a promover os setores agrícolas brasileiros como parte da sua estratégia global de transição alimentar, que procura equilibrar a prosperidade económica com a responsabilidade ambiental.
A empresa conclui reafirmando o seu compromisso com a agricultura em todos os países onde atua. “Tanto na França quanto no Brasil trabalhamos em favor de uma agricultura razoável e próspera”, declara o grupo.
Entenda o caso
O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, ressaltou na semana passada que o grupo deixaria de vender carnes de países do Mercosul na França para atender aos anseios dos produtores do país, que não querem competir com produtos da América do Sul. Ele afirmou, na época, que um possível acordo entre o Mercosul e a União Europeia traria o “risco de a produção de carne que não atende às suas exigências e padrões se espalhar pelo mercado francês”.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, por sua vez, disse ontem (25) que ficou “feliz” com a reação dos produtores brasileiros de proteína animal em relação à decisão do Carrefour de parar de vender carne do Mercosul na França. Os fornecedores de carne iniciaram um boicote à rede e deixaram de entregar mercadorias nas lojas brasileiras. (colaborou com Israel Medeiros)
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