O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, lança nesta quarta-feira (27/11) o Observatório de Custos Brasil. A ferramenta foi criada em parceria entre o governo e o setor produtivo, no Movimento Brasil Competitivo (MBC), para acompanhar a evolução das políticas públicas para aumentar a competitividade das empresas brasileiras — avaliada pelo índice Custo Brasil.
Segundo o último levantamento, de 2024, o indicador é de R$ 1,7 trilhão por ano, quase 20% do Produto Interno Bruto (PIB), e representa quanto mais os produtores brasileiros gastam com burocracia, taxas e outros fatores na comparação com outros países da OCDE países.
O observatório acompanhará a implementação de 21 medidas regulatórias, divididas em seis grandes objetivos, que podem reduzir o Custo Brasil em até R$ 530 bilhões até 2035. Os dados podem ser acessados no site custobrasil.org.br.
A plataforma será lançada hoje durante o Encontro Nacional da Indústria, realizado no Centro de Convenções Internacional Brasileiro, em Brasília. Alckmin e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estarão na abertura do encontro, que reúne representantes do setor industrial.
“O Observatório de Custo Brasil apontará caminhos de forma mais eficiente para que governo, setor produtivo, Congresso Nacional e sociedade civil atuem juntos em ações para reduzir obstáculos e definir uma agenda de competitividade”, disse Alckmin ao Correspondência. “O observatório dará mais transparência aos projetos, com acompanhamento constante da evolução das medidas, gerando maior previsibilidade, melhorando o ambiente de negócios e aumentando a confiança dos investidores”, acrescentou.
Objetivos
Os seis objetivos da ferramenta são expansão e diversificação da matriz logística (que pode reduzir o Custo Brasil em R$ 224,76 bilhões); acesso ao crédito empresarial (R$ 63,46 bilhões); expansão da banda larga (R$ 69,26 bilhões); simplificação tributária (R$ 30,9 bilhões); abertura do mercado de gás natural (R$ 21 bilhões); e acesso à energia elétrica competitiva (R$ 121,3 bilhões).
O Brasil já tem projetos em andamento nesse sentido, como a reforma tributária, que está em fase regulatória, obras de infraestrutura no âmbito do Novo PAC, o Plano Nacional de Logística (PNL) e medidas de crédito para microempreendedores e pequenas e médias empresas, como o Programa Acreditar.
A secretária de Competitividade e Política Regulatória do MDIC, Andrea Macera, destacou que o observatório é uma importante ferramenta de diálogo entre governo, parlamento, setor produtivo e sociedade, uma vez que o Custo Brasil atinge toda a população. “Nosso desafio foi sistematizar de alguma forma essa demanda do setor produtivo e mostrar que o governo está trabalhando para reduzi-la”, comentou o secretário.
Andrea cita ainda o Grupo de Trabalho criado no ano passado com 17 ministérios, BNDES e Finep, que trabalha na formulação de políticas para redução do Custo Brasil. “Como são medidas amplas e difusas, muitas vezes você não tem uma percepção clara do que está sendo feito pelo governo, mas o observatório vai facilitar essa comunicação”, ressalta ainda.
Mudanças de longo prazo
Para o assessor executivo do Movimento Brasil Competitivo, Rogério Caiuby, a grande conquista do observatório é justamente dar dimensão a medidas que levam anos para serem implementadas.
“Esperamos que a estimativa possa ser atualizada pelo menos a cada três meses. Cada uma das seis iniciativas possui indicadores que podem ser monitorados. Agora, como é uma comparação com a OCDE, isso depende também da evolução de outros países, mas saberemos em que ritmo estamos avançando”, afirmou.
Segundo o Observatório, o país avançou entre 2021 e 2023 para aumentar a competitividade das empresas, com redução de R$ 86,71 bilhões no Custo Brasil. A mudança ocorreu principalmente devido aos avanços na banda larga e à redução no custo da energia elétrica.
Em relação à internet rápida, a taxa de acesso da população atingiu 21,39 habitantes em cada 100 em 2023, um aumento de 14% em relação a 2021. Contudo, ainda está consideravelmente abaixo da média dos países da OCDE, de 77 em cada 100 habitantes. No mesmo período, o país também reduziu o custo médio da energia elétrica de R$ 459,47/MWh para 442,05/MWh.
imagem de empréstimo
como conseguir crédito no picpay
picpay instalar
cred rápido
banco noverde
noverde whatsapp
siape consignação
bk bank telefone
apk picpay
consignado inss bancos
px significado