Protestos e discussões entre parlamentares progressistas e conservadores marcaram a sessão da Comissão de Cidadania e Justiça (CCJ) da Câmara que aprovou, ontem, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/12, que criminaliza todos os casos de aborto. O texto, de autoria do ex-deputado Eduardo Cunha, tinha 35 x 15 e propõe a inclusão, no artigo 5º da Constituição, do termo “desde a concepção”. Isto representa criminalizar a interrupção da gravidez mesmo nos casos em que é legal — risco de morte para a grávida, gravidez resultante de violação e no caso de feto com anencefalia (malformação do cérebro).
Os progressistas acusam os conservadores de “ressuscitar” uma PEC de 2012, e colocá-la em votação, para tirar o foco da investigação de quase 900 páginas em que a Polícia Federal (PF) coloca o ex-presidente Jair Bolsonaro no centro da trama. de um golpe de Estado, com a ajuda de militares leais, para que permanecesse na Presidência da República. Nos bastidores, avaliam também que a PEC não irá adiante —precisa ser aprovada em comissão especial para chegar ao plenário e ser votada na Câmara.
Isso, no entanto, não impediu a formação de um grande motim e o aumento dos ânimos entre progressistas e conservadores. O relator da PEC, deputado de Bolsonaro Chris Tonietto (PL-RJ) votou pela admissibilidade do texto. Segundo ela, “há ódio pelas crianças. Elas querem aniquilar o futuro da nação e dos nascimentos”. Para reforçar seus argumentos, mostrou reproduções de fetos em diferentes estágios de desenvolvimento para afirmar que, em qualquer circunstância, lhes é imposto imenso sofrimento.
“O aborto é o assassinato de um bebê indefeso. Não se trata de religião. Aqueles que são radicalmente contra o aborto devem, por respeito à vida e à Convenção Interamericana de Direitos Humanos, votar sim a esta PEC. Peço o voto de todos que respeitam a vida”, destacou a deputada Dani Cunha (União-RJ), filha do autor da proposta.
Para os progressistas, a “PEC do Estupro” criminaliza a vítima e absolve o agressor. “Vocês não estão defendendo a vida de ninguém. Vocês querem condenar essas mulheres caso elas optem por interromper uma gravidez que representa risco à vida da gestante. obriga crianças e mulheres vítimas de violência sexual a se tornarem mães”, reagiu a deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP).
A certa altura, os manifestantes invadiram a sala de sessões gritando “crianças não são mães, estupradores não são pais” e “retiram a PEC” impedindo que os deputados conservadores terminassem seus discursos em defesa da PEC. Isso irritou a presidente da CCJ, deputada de Bolsonaro Caroline de Toni (PL-SC), que pediu à Polícia Legislativa a retirada do grupo e suspendeu a sessão por pelo menos uma hora.
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com