Desenvolvido e lançado pela Nintendo, o jogo sobre os irmãos super encanadores traz um RPG de aventura em 3D, onde Luigi e Mario devem resolver quebra-cabeças e lutar em batalhas por turnos contra inimigos, explorando ilhas para salvar o novo mundo de Elétria.
Super irmãos no trabalho
O jogo é o primeiro da série totalmente em 3D e lançado para um console desktop da Nintendo: o Switch, já que os originais só foram lançados para DS e 3DS. A jogabilidade ainda é muito parecida com os originais portáteis, então quem está acostumado com os jogos originais não sentirá muita diferença em relação às outras versões.
Em Mario e Luigi: Irmandadeos irmãos encanadores são retirados do reino dos cogumelos e vão parar em Elétria. Lá eles descobrem que existe uma árvore sagrada, a Unilux, que liga todas as ilhas. Estas são apagadas devido à desconexão com a árvore principal, então os irmãos partem em uma jornada para reconectar todas as ilhas e juntá-las à árvore mãe de Elétria.
Cada ilha é um mundo pequeno, com uma área que podemos explorar e resolver quebra-cabeças para continuar. A jornada finalmente consegue reconectar a ilha à árvore principal. Na verdade, existem pontos nas ilhas que só são desbloqueados depois de finalmente reconectar a ilha, o que serve para incentivar uma segunda visita. Os irmãos ainda possuem uma ilha base para visitar as demais, Nauta, com ela você poderá cruzar os oceanos de Elétria e procurar por mais ilhas que precisem da ajuda dos irmãos.
Jogabilidade
No jogo podemos pular e assim que entramos em contato com um inimigo, começa o combate por turnos, com as opções de pular em cima do inimigo (o equivalente a atacar em outros RPGs), utilizar itens para recuperar vida ou ressuscitar um irmão caído, por exemplo, ou ainda, podemos fugir da luta para evitar o combate. Dessa forma você não derrota o inimigo, então quando a tela retornar ele ainda estará vivo, te obrigando a correr o mais rápido possível. Ao longo da jornada você desbloqueia mais habilidades, mas o salto é a principal delas por um tempo considerável. Vale ressaltar que não necessariamente só porque você acertou um único inimigo, é que ele lutará contra você, às vezes em uma única batalha podem aparecer até quatro inimigos, mesmo que você tenha pulado apenas em um.
Durante o combate temos duas mecânicas bem diferentes dos RPGs habituais, que geralmente selecionam o que o personagem deve fazer e assim ele obedece, ora acertando, ora errando, porém, em Mário e Luigivocê pode interagir com o movimento para causar mais dano. É fundamental que você acerte o timing para ganhar esse dano maior, pois se você errar, isso reduzirá consideravelmente o seu jogo. O mesmo vale para prestar atenção extra aos inimigos durante seus ataques. Tanto Mario quanto Luigi conseguem desviar de golpes, o que também exige seus reflexos, principalmente no início da jornada, onde ambos têm uma vida útil muito curta.
A repetição para quem já está acostumado com RPGs é natural, principalmente quando é preciso subir de níveis para enfrentar inimigos mais poderosos. Uma desvantagem aqui é que quando você sobe de nível, o jogo distribui automaticamente seus pontos de progresso entre suas habilidades, então não há muita personalização entre as habilidades que você possui, já que você não escolhe se todos os seus pontos vão para a força ou para a força. . defesa, por exemplo.
Mário e Luigi é uma porta de entrada para quem sempre teve interesse em jogar um RPG, mas nunca teve coragem de fazê-lo, um exemplo extrapolado, as mil tabelas de status, bônus e encargos de Anel Elden pode causar medo e antipatia em quem não gosta do gênero, por isso jogos mais leves como o proposto pela Nintendo, onde o RPG é mais uma ferramenta de jogabilidade do que o ponto central, são ideais para uma aventura inicial no gênero.
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Falta uma irmandade
Confesso que não sabia o que esperar quando vi o trailer de Mario e Luigi: Irmandade No Nintendo Direct, achei o jogo com um visual único, diferente dos principais títulos da série e vendo os dois personagens na tela, imediatamente me lembrou um jogo cooperativo entre os irmãos, no estilo dos jogos da Hazelight Studios.
O maior pecado do jogo para mim é que ele evoluiu em termos de gráficos, jogabilidade e vários outros aspectos, mas ficar no modo single player perdeu um pouco da magia para mim. Há momentos no decorrer do jogo que Luigi tem um “Luigidea” onde a máquina interage com o cenário de alguma forma para ajudar na progressão de um puzzle, o que me deixa extremamente desconfortável. Por que? Simples, essas interações poderiam ser liberadas para os jogadores fazerem sozinhos, descobrirem por conta própria. Antes de saber qual franquia Brothership fazia parte de uma série de RPGs, eu poderia jurar que esse jogo traria uma aventura nos moldes de São necessários dois para Mario e Luigi, cada um com mecânicas e habilidades diferentes — realmente não consigo entender por que a Nintendo não fez um jogo como esse — mas esse é apenas um dos pontos do cooperativo.
Vamos estabelecer que Mário e Luigi Continua sendo um jogo de RPG baseado em turnos, o que custaria adicionar uma opção de segundo jogador para Luigi, com o segundo jogador controlando os movimentos e ambos os jogadores tendo que sincronizar-se para desferir golpes mais fortes ou desviar dos inimigos. Isso é frustrante vindo da Nintendo, já que 80% dos jogos da galeria do Mario têm a opção de mais de um jogador na tela. Entendo que a proposta do jogo seja diferente, mas sinto que seria substancialmente mais divertido com a inclusão de um modo cooperativo.
Considerações Finais
Mário e Luigi traz uma proposta diferente para os jogos onde os irmãos costumam protagonizar, para novos jogadores, como eu, que estou acostumado a ver os irmãos enfrentarem Koopas e Goombas, a nova aventura traz uma perspectiva diferente do jogo habitual do Mario, acolhido pela exploração e para os diferentes combates. Vale ressaltar que o jogo é 100% em português, com legendas e interfaces traduzidas e muito bem adaptadas, então parabéns à Nintendo por trazer todos os principais jogos de suas maiores franquias finalmente em PT-BR.
Mario e Luigi: Irmandade está disponível exclusivamente para o Nintendo Switch
*Esta análise foi realizada com cópia enviada pela Nintendo Brasil.
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